Compensação de carbono ajuda empresas e empreendimentos em suas metas de descarbonização

A necessidade de reduzir os efeitos das mudanças climáticas tem levado o mundo a buscar reduzir emissões de carbono. Para isso, as ações se concentram em duas frentes principais. 

A primeira delas é a redução de emissões, por exemplo, substituindo combustíveis fósseis por fontes de energia renováveis. Há, também, a compensação de carbono, estratégia para neutralizar as Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) que não podem ser evitadas. 

Por que reduzir emissões de carbono é imperativo?

Na construção civil e no mercado imobiliário, soluções que diminuam as emissões setoriais são mais do que necessárias. 

Para se ter uma ideia, em 2022, os edifícios foram responsáveis por 33,4% das emissões globais de carbono, conforme dados da IEA (International Energy Agency). 

Desde 2015, as edificações têm aumentado suas emissões a uma taxa média de 0,7% ao ano, impulsionadas pela expansão da área construída. 

A construção civil e o mercado imobiliário precisam, portanto, contribuir para que os países alcancem as metas estabelecidas no âmbito do Acordo de Paris. 

No caso brasileiro, o compromisso público é reduzir as emissões de carbono nacionais em 48% até 2025 e entre 59% e 67% até 2035, em relação às emissões de 2005.

O que significa a compensação de carbono?​

A compensação de carbono é um mecanismo que permite às empresas, governos e indivíduos neutralizar suas emissões de dióxido de carbono (CO₂) e de outros gases de efeito estufa. Isso é feito por meio do investimento em projetos que reduzem ou removem uma quantidade equivalente de CO₂ da atmosfera.

Esse sistema de compensação de carbono permite às empresas que não atingiram suas metas de redução de GEE comprar créditos daquelas que reduziram as suas emissões. 

Créditos de carbono como estratégia de compensação

Os créditos de carbono são produtos financeiros comercializáveis validados de forma independente por organismos de certificação ou agências governamentais. Qualquer pessoa/empresa que compre este instrumento pode utilizá-lo para cumprir suas metas de descarbonização. 

Um crédito de carbono é uma unidade de medida que corresponde a uma tonelada de carbono equivalente. Ele é gerado a partir da adoção de tecnologias, soluções e iniciativas de preservação que geram redução e/ou remoção comprovada de GEE. 

Oriundos de projetos de diferentes naturezas, os créditos de carbono podem gerar múltiplos benefícios além de reduzir emissões. A diminuição da poluição, o aumento da biodiversidade e a preservação de recursos hídricos são alguns benefícios potenciais que podem variar em função do tipo de projeto. 

Quais são os principais tipos de projetos para compensação de carbono?

Confira quais são os principais tipos de projetos para compensação de carbono:

Projetos florestais

Amplamente adotados para contrabalançar as emissões de GEE, os projetos florestais de compensação de carbono têm foco em reflorestamento, florestamento, prevenção do desmatamento e silvicultura sustentável. 

Agricultura

Podem envolver a captura de metano (CH₄), o sequestro de carbono do solo, o biocarvão e a agrofloresta, entre outras ações. 

Energias renováveis

As iniciativas de compensação de carbono via energia renovável envolvem a construção de instalações de energia eólica, solar, hidrelétrica e de biomassa. Além de elevar a capacidade de energia renovável do grid, esses projetos geram oportunidades de emprego e renda.

Quando falamos em energia renovável, um instrumento que vem sendo bastante utilizado é o International Renewable Energy Certificate — em português, Certificado Internacional de Energia Renovável, ou I-REC. 

Esse documento permite que empresas e consumidores comprovem que a energia consumida é realmente proveniente de fontes limpas, contribuindo para a redução de emissões. Neste artigo, explicamos como os I-RECS funcionam. Não deixe de ler!

Gestão de resíduos

São projetos que envolvem a redução, a reutilização e a reciclagem de resíduos, bem como a captura de metano em aterros sanitários.

Sequestro de carbono

Envolvem tecnologias que capturam CO₂ para armazenamento em reservatórios subterrâneos seguros, evitando sua liberação na atmosfera.

Compensação de carbono e mercado regulado: o que muda?

Impulsionada pela expansão da agenda ESG (Environmental, Social and Governance), a demanda por créditos de carbono vem aumentando exponencialmente. Em 2021 este mercado atingiu a marca de US$ 1 bilhão. 

A expectativa é a de que esse valor salte para US$ 50 bilhões em 2030, segundo estimativas da McKinsey.

No Brasil, um passo importante para a estruturação desse mercado foi a instituição do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) por meio da Lei n.º 15.042, sancionada em dezembro de 2024. 

A medida cria um mercado regulado de carbono no país e estabelece limites para a emissão de GEE. 

Além de definir o crédito de carbono como ativo comercializável, a lei estabelece penalidades para as empresas por não conformidade. Ela define, por exemplo, que:

  • Operadores/empresas que emitem entre 10 mil e 25 mil tCO2e por ano deverão submeter, ao órgão gestor do SBCE, um plano de monitoramento das emissões, enviar um relato anual de emissões e de remoções de gases, além de atender a outras obrigações previstas em decreto.
  • Já as empresas que operam com emissões acima de 25 mil tCO2e por ano, além de todas essas obrigações, terão de enviar anualmente um relatório de conciliação periódica de obrigações ao órgão gestor.

Como avançar em uma jornada de descarbonização?

As restrições e as regulamentações sobre as emissões de carbono são crescentes em todo o mundo, recaindo sobre diferentes setores da economia. 

Na cadeia da construção e no mercado imobiliário, as oportunidades para alcançar essa redução começam ainda no âmbito da corporação, e seguem ao longo das etapas que envolvem o desenvolvimento dos empreendimentos, percorrendo todo o ciclo de vida, desde a concepção de projetos de arquitetura, urbanismo e engenharia, até chegar à gestão da operação.

Com a expertise de quem impulsiona transformações positivas no mercado há mais de trinta anos, o CTE vem apoiando seus clientes em suas jornadas visando a neutralidade das emissões de carbono. 

As soluções se aplicam para as atividades empresariais, para os edifícios e para os projetos de escala urbana, minimizando riscos para o negócio, além de reduzir impactos ambientais adversos e potencializar os impactos positivos. 

Entre elas, destacam-se as certificações ambientais com foco em carbono e performance, como o LEED Zero e o EDGE Zero Carbon. Entre em contato para falarmos mais a respeito!

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