A necessidade de erguer edifícios mais
eficientes e sustentáveis tem impulsionado o desenvolvimento de novos produtos
e tecnologias em todo o mundo. Estamos falando, por exemplo, de tintas que
produzem energia limpa a partir de
nanotecnologia e de materiais que combinam elementos biológicos, como
bactérias.
Listamos, a seguir, cinco inovações e tecnologias interessantes que podem ajudar o setor a construir melhor. Continue conosco para saber mais:
1. Concreto auto reparável — O interesse em
tornar o concreto mais durável e menos suscetível às fissuras e rachaduras
levou ao desenvolvimento do bioconcreto, também conhecido como concreto auto
reparável. Trata-se de um material elaborado com uma formulação especial que
inclui bactérias encapsuladas que são ativadas quando o concreto fissura e
sofre infiltrações. Capazes de sobreviver e se reproduzir em condições
alcalinas, essas bactérias produzem calcita, material que preenche a fissura em
alguns dias. A expectativa é a de que o bioconcreto possa dar início a uma nova
era dos edifícios biológicos. Henk Jonkers, pesquisador da Delft University of
Technology, na Holanda, explica como a tecnologia funciona neste vídeo.
2.
Nanotubos de carbono —Técnicas
como a litografia de feixe de elétrons levaram os cientistas a desenvolverem
tubos de carbono com paredes de apenas 1 nanômetro de espessura, o equivalente
a um bilionésimo de metro. Mesmo tão pequenos, esses nanotubos podem ser
esticados em até um milhão de vezes a sua espessura e, uma vez incorporados a
metais, concreto, vidro e madeira, são capazes de elevar drasticamente a
resistência ao atrito desses materiais.
3.
Alumínio transparente — Mais leve e
resistente que os vidros blindados,o
alumínio transparente é uma criação da US Naval Research Laboratory. Apesar do
nome, não se trata de um metal, mas de uma cerâmica cristalizada e transparente
muito mais leve e resistente que os vidros blindados. Também chamado de
oxinitrato policristalino de alumínio, o produto oferece 85% da resistência de
uma safira e transparência similar à dos vidros comuns. Na construção civil, o
alumínio transparente pode ser utilizado em janelas, telhados, cúpulas,
fachadas, vitrines, entre outras aplicações.
4.
Tintas solares — Nem só de painéis
solares fotovoltaicos vive a captura de energia solar. O desenvolvimento de
tintas que captam a luz solar para transformá-la em energia evoluiu a passos
largos nos últimos anos. Em pesquisas realizadas na Universidade de Notre Dame
(EUA) e na Universidade de Alberta (Canadá), nanopartículas de dióxido de
titânio com sulfureto ou seleneto de cádmio e nanopartículas de fosforeto de
zinco têm apresentado resultados promissores. Em Minas Gerais, o CSEM Brasil
também trabalha em uma tinta orgânica capaz de captar energia solar. Nesse
caso, a tinta fotovoltaica é impressa em uma fita de polímeros e plástico,
podendo ser instalada em fachadas de edificações ou vidros.
5. Aerogel de grafeno —Desenvolvido na Universidade de Zhejiang (China), esse é o material sólido mais leve do mundo. Com apenas 0,16 miligramas por centímetro cúbico, trata-se de uma espuma baseada em nanotubos de carbono e lâminas de óxido de grafeno. O aerogel de grafeno pode absorver até 900 vezes o seu peso, o que o torna uma opção interessante para conter grandes vazamentos. Esse material tem sido testado, também, como antídoto contra reações álcali-agregados, como revestimento anticorrosivo de estruturas mistas e como isolante termoacústico. Este vídeo mostra como o aerogel de grafeno funciona.
Por meio da unidade Inovação e Tecnologia, o CTE apoia os diversos agentes do setor da construção na adoção de inovações e tecnologias aplicáveis a produtos ou a processos empresariais, através do desenvolvimento de projetos customizados. Entre em contato para saber mais.
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