Principalmente em países
do hemisfério norte, o uso da madeira engenheirada como solução estrutural e
arquitetônica vem se consolidando por uma série de motivos. O primeiro deles é
a necessidade de explorar matérias-primas sustentáveis, que colaborem para capturar
carbono da atmosfera e reduzir o efeito estufa.
Há, também, o fato de a
madeira engenheirada, por ser uma solução industrializada, permitir uma obra
mais enxuta, industrial e precisa, em comparação a soluções construtivas
artesanais. Podem ser citadas, ainda, vantagens
estéticas, associadas a sensações de acolhimento, conforto e proximidade
com a natureza.
O termo madeira engenheirada
refere-se a uma série de produtos que, após a extração, são submetidos a
tratamentos e processos que agregam qualidade e homogeneidade.
A seguir apresentamos a você
cinco projetos que se basearam em soluções,
como as madeiras laminadas cruzadas (CLT) e as madeiras laminadas coladas (MLC ou
Glulam), de uma forma bastante inspiradora. Confira:
Centre
Pompidou — Shigeru Ban Architects — Metz, França
Vencedor do Prêmio
Pritzker em 2014, o arquiteto japonês Shigeru Ban é conhecido pelo uso inovador
de técnicas e materiais e por sua habilidade em criar estruturas com alto grau
de sofisticação. Um
dos seus projetos que chama a atenção é o Centre
Pompidou em Metz, que combina um material industrializado — a madeira laminada colada — com um olhar artesanal. Nesse caso, a madeira
dá forma à estrutura inspirada em técnicas de
tecelagem chinesas e apoia uma membrana de fibra de vidro e teflon. Para
viabilizar a montagem da grelha de formas orgânicas, as peças de madeira foram
modeladas em BIM e executadas em máquinas de CNC com precisão milimétrica.
Oslo
Airport — Nordic Architecture — Oslo, Noruega
Os países nórdicos possuem vasta tradição no uso de madeira em suas construções. Por isso,
nada mais natural que o material fosse explorado no projeto de renovação e
ampliação do Aeroporto Internacional de Oslo, o primeiro a receber uma
classificação de sustentabilidade Breeam. No local, vigas e arcos de glulam apoiam a cobertura curva.
Segundo os arquitetos da Nordic, a madeira laminada
colada foi determinante para o sucesso do projeto por conta de seu comportamento maleável e resistente, e por
ajudar a criar uma atmosfera acolhedora às salas de embarque.
River
Beech Tower — Perkins & Will — Chicago, EUA
A River Beech Tower é resultado de
um estudo que envolveu designers da Perkins & Will, pesquisadores da
Universidade de Cambridge e engenheiros da Thornton Tomasetti. A ideia era
explorar o conceito de um arranha-céu residencial maciço de madeira a partir de
soluções construtivas que permitissem levar a sustentabilidade a um novo
patamar, especialmente com relação às emissões de carbono. Com 80 andares de
altura e duas torres, o projeto conceitual prevê a construção de 300 unidades.
Diferente de outros edifícios altos
com estrutura de madeira, a River Beech não possui núcleo de concreto armado. A
estabilidade é garantida por um conjunto de soluções combinadas e que incluem
uma grade estrutural modular e vigas de CLT (madeira laminada cruzada). Clique aqui para saber mais detalhes técnicos
sobre esse projeto.
Concebido para servir de moradia estudantil e certificado com
o LEED Gold, o Brock Commons não se sobressai pelo design arrojado. Ainda
assim, esse edifício em Vancouver merece menção pelo desafio de engenharia. A torre de 53 m de altura foi
concluída em apenas 70 dias após expedição dos componentes pré-fabricados. Isso
foi possível graças ao planejamento meticuloso, que incluiu a elaboração de um
modelo BIM detalhado, e a integração dos
processos de projeto e construção. No edifício canadense, a estrutura híbrida
utiliza um núcleo de elevadores de concreto, além de lajes, vigas e pilares de
madeira. Neste vídeo você pode conferir o depoimento de
engenheiros e arquitetos envolvidos no projeto.
Repleto de referências à natureza e
aos povos nativos, a ampliação do campus da Centennial College, na região de
Toronto, tem como ambição ser uma instalação carbono zero.
Para viabilizar esse objetivo, uma
das estratégias adotadas será o uso da madeira engenheirada. A estrutura
contará com pilares e vigas de madeira laminada colada (Glulam) e lajes de
madeira laminada cruzada (CLT) combinadas a um núcleo de concreto que acomoda a
caixa de elevador e escadas. Também serão instalados painéis fotovoltaicos na
cobertura, com capacidade para gerar energia suficiente para compensar as
emissões anuais de carbono associadas às operações do edifício.
A Unidade de Inovação e Tecnologia do CTE apoia diversos
agentes da cadeia da construção no uso de inovações. Nossa equipe vem
acompanhando todo o processo de disseminação da madeira engenheirada no Brasil,
acompanhando, inclusive uma das primeiras obras comerciais da cidade de São
Paulo com essa solução estrutural. Ficou curioso para saber mais? Então entre em contato conosco!
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