10 práticas para as construtoras implantarem uma cultura de inovação

Desenvolver uma cultura de inovação é algo crucial para as empresas que querem se manter relevantes, adaptáveis e competitivas a longo prazo. 

A ideia é criar um ecossistema organizacional que favoreça o surgimento e a implementação de ideias transformadoras que gerem valor de forma contínua.

A inovação pode ser aplicada para incrementar o processo produtivo, desenvolver produtos mais adequados às necessidades do consumidor, valorizar marcas e melhorar o posicionamento de um produto no mercado. 

Ela também pode criar vantagem competitiva e, principalmente, adicionar resiliência, permitindo que a empresa se antecipe às tendências e esteja preparada para lidar com as transformações tecnológicas, culturais e econômicas em curso.

O que é a cultura de inovação?

Cultura de inovação é o conjunto de valores, comportamentos e práticas que fomentam a criatividade, a experimentação e a adoção de novas ideias. 

Trata-se de construir um ambiente seguro e estimulante, onde o compartilhamento de ideias, o aprendizado contínuo e a colaboração multidisciplinar são incentivados.

É fácil perceber quando uma empresa tem uma mentalidade voltada à inovação.  Estamos falando de organizações nas quais a liderança apoia mudanças e os colaboradores são encorajados a propor ideias, independente do cargo. 

Nessas companhias, além do entendimento de que o erro faz parte do processo de aprendizado, a disposição para experimentar e aprender é valorizada.

Quais são os tipos de inovação?

Há diferentes tipos de inovação corporativa para atender propósitos distintos na estratégia de crescimento ou adaptação de cada empresa. 

A inovação pode ser de produto, quando a organização cria ou melhora significativamente um produto ou serviço, ou de processo, quando envolve otimizar ou reinventar a maneira como algo é feito internamente.

A inovação também pode ser incremental, a partir de melhorias contínuas e graduais em produtos, serviços ou processos existentes, ou radical/disruptiva. 

Nesse caso, ela pressupõe a transformação ou substituição de uma tecnologia, produto ou serviço, resultando em uma ruptura dos paradigmas tradicionais de um mercado específico e na criação de um novo hábito de consumo.

Menos comum é a inovação de modelo de negócio, que muda como a empresa gera valor. Um exemplo clássico desse tipo de inovação é o da Netflix, que transformou o modelo de locação em streaming por assinatura.

O que impede a inovação de acontecer?

Apesar da importância da inovação para a perenidade dos negócios, criar um ambiente organizacional que favoreça o surgimento de novas ideias e métodos ainda é um grande desafio para muitas empresas. 

No setor da construção civil, esse cenário se repete com frequência, sendo impactado por diversos fatores. Entre os principais desafios para implantar uma cultura de inovação, podemos destacar:

  • Baixo engajamento das lideranças, que muitas vezes não assumem a inovação como prioridade estratégica;
  • Desconhecimento técnico e falta de preparo da equipe responsável pela condução de iniciativas inovadoras;
  • Escassez de recursos financeiros e de tempo, o que limita a experimentação e o desenvolvimento de projetos;
  • Ausência de uma cultura de inovação consolidada, que valorize o pensamento criativo e a colaboração;
  • Medo do erro e resistência à mudança, que acabam sufocando iniciativas antes mesmo que sejam testadas;
  • Falta de compreensão sobre o erro como oportunidade, impedindo que lições valiosas sejam extraídas de falhas e ajustes.

Como incentivar a cultura de inovação em uma empresa?

A seguir listamos 10 boas práticas para apoiar as organizações que querem fazer da inovação um pilar estrutural de seu negócio. Confira:

  1. Antes de tudo, tenha clareza sobre os objetivos da inovação. Avalie a cultura atual da empresa, identifique as lacunas e defina metas alinhadas ao propósito do negócio.
  2. Prepare as lideranças para promover a cultura de inovação. Os líderes devem ser modelos de comportamentos inovadores, incentivando a experimentação e aceitando as falhas como parte do processo. Esses profissionais também precisam dar autonomia para as pessoas inovarem, ao mesmo tempo que mantêm alinhamento aos objetivos, foco e necessidades da companhia. Lembre-se que a inovação começa no topo. 
  3. Ao mesmo tempo, capacite os colaboradores para a inovação. Para tanto, desenvolva programas de treinamento e capacitação focados em habilidades criativas e técnicas inovadoras. Também não deixe de implementar programas de engajamento e capacitação para promover a cultura de inovação entre os colaboradores. 
  4. Crie um ambiente de trabalho diverso, propício à experimentação e ao aprendizado. É imprescindível que as pessoas se sintam à vontade para propor ideias e testar hipóteses. O erro deve ser visto como parte do aprendizado, nunca como fracasso.
  5. Incentive a colaboração interdisciplinar, incluindo diferentes stakeholders, como parceiros externos, colaboradores, clientes e startups.
  6. Utilize as normas de inovação como ferramentas de apoio. Normas como a ISO 56.002 e o Sistema de Gestão da Inovação podem auxiliar na sistematização do processo de inovação. Vale lembrar que o sistema ISO fornece um conjunto de diretrizes que padronizam como a inovação deve ser gerida, desde a identificação de oportunidades até a implementação de novas ideias, produtos ou processos. 
  7. Coloque o cliente no centro. A inovação ganha propósito quando está conectada a resolver problemas reais ou em melhorar a experiência do usuário.
  8. Utilize metodologias ágeis e flexíveis, que permitam ter menos burocracia, mais liberdade para testar, prototipar e ajustar rapidamente. Adote práticas como design thinking e o método agile
  9. Sobretudo no início, promova “quick wins” com soluções de baixa complexidade que possam engajar seus executores. Valorize e celebre as iniciativas inovadoras, mesmo que pequenas.
  10. Se relacione com startups com base em critérios claros. Avalie não só a inovação que esses parceiros propõem, mas também sua capacidade de entrega, aderência legal e compatibilidade cultural com a empresa.

Por meio do ecossistema Enredes, o CTE impulsiona os movimentos de inovação, transformação digital, industrialização e sustentabilidade do setor. 

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