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Sistema B certifica empresas com responsabilidade social e ambiental

15 de outubro de 2021

Uma das iniciativas internacionais que têm impulsionado o compromisso das empresas com práticas ambientalmente e socialmente responsáveis é o Movimento Global de Empresas B, criado nos Estados Unidos e no Canadá em 2006.

Alinhado com os objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU, o Movimento tem como objetivo expandir a comunidade mundial de líderes que usam seus negócios para construir uma economia mais inclusiva, equitativa e regenerativa para as pessoas e para o planeta. A ideia é que as empresas não tenham como meta apenas a obtenção de lucro, mas que contribuam para a solução dos grandes problemas do planeta, como as mudanças climáticas e a desigualdade social.

Aplicável a empresas de diferentes ramos de atividade, inclusive da construção civil, o Sistema B é o tema do nosso artigo de hoje. Continue conosco para saber mais sobre esse processo de certificação.

Quem já aderiu ao Sistema B?

Em todo o mundo, o Sistema B já certificou mais de 4 mil companhias, entre as quais 786 na América Latina. No Brasil, o referencial está ativo desde 2012. Desde então, o número de companhias certificadas de acordo com os critérios do Movimento chegou a 213.

Entre elas, há empresas de diferentes segmentos econômicos, inclusive da cadeia da construção. Entre fornecedores de materiais há, por exemplo, a Amata, que produz madeira engenheirada, e a Brilia, fabricante de lâmpadas e dispositivos para iluminação. Também foram reconhecidas com o Sistema B, a Magik Empreendimentos Imobiliários e a Diagonal, construtora que desenvolve empreendimentos de grande porte, incluindo projetos de habitação de interesse social e regularização fundiária.

Processo de certificação

O Movimento B envolve apenas organizações que atuam em um ambiente competitivo de negócios (companhias públicas e monopólios não podem integrá-la), que tenham fins lucrativos e que operem há pelo menos 12 meses no mercado. Apenas empresas completas (e não seus departamentos ou divisões) podem buscar a certificação.

Uma vez certificadas, as empresas precisam incluir em seu contrato social duas cláusulas B, assegurando o compromisso do negócio com uma atuação para além de interesses puramente financeiros e econômicos, protegendo e estabelecendo responsabilidades sobre questões sociais e ambientais atreladas à sua operação.

O processo tem início com a Avaliação de Impacto B (BIA), uma ferramenta gratuita, on-line e confidencial que faz uma análise detalhada de como a empresa interage com diferentes públicos. São avaliados itens como estruturas de governança, atuação e satisfação dos colaboradores, relacionamento com clientes e fornecedores e o impacto causado pela empresa no meio ambiente e na comunidade em que opera. A BIA permite ao interessado definir metas, traçar planos de melhoria e comparar resultados com milhares de empresas que também utilizaram a plataforma.

A seguir, a empresa candidata deve responder a um Questionário de Divulgação, em que deve relatar impactos negativos já causados por seu negócio, incluindo penalidades ou sanções eventualmente sofridas. Nessa etapa, são avaliados também os antecedentes da empresa. Podem ser exigidos documentos adicionais que comprovem práticas de transparência ou redução de danos por parte da companhia. 

O Sistema B então analisa a elegibilidade da empresa ao processo de certificação. Na fase seguinte, tem início a avaliação propriamente dita, na qual as informações prestadas pela companhia nas etapas iniciais são confirmadas. O score mínimo a ser obtido é de 80 pontos.

No estágio seguinte, um auditor dá seguimento ao processo de verificação, revisando toda a avaliação anterior e assegurando a coerência das respostas. Documentos adicionais e esclarecimentos via reuniões virtuais podem ser requeridos por ele.

Se a empresa mantiver um mínimo de 80 pontos, ela é considerada apta à certificação. Se a nota for inferior a 80, ela entra em um período de melhorias, em que poderá implementar práticas e processos que elevem sua pontuação. O período para a realização das melhorias leva três meses.

A certificação é concluída com a adoção dos requisitos legais do Sistema B, que envolvem a modificação dos termos do contrato social. Empresas B certificadas devem recolher taxas anuais e passar pelo processo de recertificação a cada três anos.

O processo pode variar de acordo com o porte e a natureza das empresas. Empresas com menos de 12 meses de operação são elegíveis ao selo B Pendente.

Sistema B e ESG

Certificações empresariais como o Sistema B são uma das estratégias que ajudam a identificar o atendimento às práticas ESG (Environmental, Social and Governance em inglês). Vale lembrar que, para as empresas, atuar em alinhamento com as expectativas da sociedade quanto à responsabilidade social, ambiental e governança é uma oportunidade de buscar sustentabilidade a longo prazo, conquistar mais eficiência nas operações e elevar a resiliência durante crises. 

O CTE tem auxiliado várias empresas do setor imobiliário em suas jornadas ESG, oferecendo o suporte necessário em todas as etapas do processo. Entre em contato para conversarmos mais a respeito!

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