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Smart City em desenvolvimento combina tecnologia, inovação e ESG

22 de setembro de 2021
Projeto Parque Tecnológico de Brasília — BioTIC

Localizado próximo ao Plano Piloto, na asa norte da capital federal, o Parque Tecnológico de Brasília — BioTIC é um distrito de inovação com empresas de base tecnológica, instituições de ensino e pesquisa, além de um bairro multifuncional. Em implantação em uma área de cerca de 1 milhão de metros quadrados, a urbanização foi criada com a ambição de se tornar um ecossistema de empreendedorismo e inovação, se apoiando no conceito “Work, Live & Play”. 

Concebido para proporcionar a melhor integração entre governo, empresas e sociedade, o parque tecnológico contará com empresas de múltiplos segmentos. A expectativa é a de que o novo bairro abra espaço para 794 empresas e gere 7,6 mil empregos diretos.

Localização do Parque Tecnológico de Brasília — BioTIC no mapa de Brasília

Instituído pela Lei Complementar n.º 923/2017, o Parque Tecnológico tem gestão, controle e estruturação sob responsabilidade da BioTIC S.A., subsidiária integral da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal — Terracap. Já há, no local, um edifício de governança com dezenas de empresas, startups e associações, os data centers do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal e uma unidade do SebraeLab. 

Primeiro fundo ESG do Brasil

O desenvolvimento e a viabilização do BioTIC envolvem uma série de inovações, a começar pelo fato de ser a primeira smart city brasileira associada a um fundo imobiliário ESG (Environmental,  Social, Governance). 

Estruturado e gerido pela Integral Brei, o fundo visa a captação de aproximadamente R$ 5 bilhões, primeiramente de investidores institucionais, via fundos de investimento soberanos e de pensão. 

“A pauta ESG cria uma atração muito forte por parte desses agentes”, afirma Vitor Bidetti, sócio-fundador e CEO da Integral Brei. Ele destaca que a percepção dos gestores de fundos institucionais é a de que investir em empresas com carimbo ESG é mais seguro e rentável. “Além disso, em um contexto pós-pandemia, apostamos em uma intensa procura por bairros planejados e smart cities”, diz Bidetti.

“Atualmente, a classificação de ativos como sustentáveis é determinante para atrair recursos internacionais. Isso impulsiona ainda mais o desenvolvimento de empreendimentos atrelados a práticas ESG e a busca de certificados por órgãos independentes”, acrescenta João Veloso, economista da Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) e assessor da BioTIC.

Tecnologia e sustentabilidade para as pessoas

Na smart city brasiliense, a redução da pegada de carbono e a promoção de saúde e qualidade de vida foram diretrizes para o masterplan desenvolvido pelo urbanista italiano Carlo Ratti, professor do MIT (Massachusetts Institute of Technology), nos Estados Unidos. Ratti tem se dedicado ao conceito de Cidades Sensíveis, locais que se apoiam na tecnologia para enriquecer a vida urbana, promover a participação dos cidadãos e ser mais sustentável. Segundo ele, diferente das cidades inteligentes, nas quais a ênfase é dada na tecnologia, nas cidades sensíveis, o foco está nas pessoas que vivem e usam os espaços urbanos.

Seguindo esse princípio, Ratti previu, para o BioTIC, uma ocupação mista e diversa com residências, comércio e escritórios entremeados por praças, parques e corredores verdes. Ao contrário das superquadras do Plano Piloto, os quarteirões no Parque Tecnológico serão menores e mais permeáveis para favorecer o pedestrianismo. Os espaços públicos inclusivos buscam se harmonizar com a riqueza da paisagem circundante.

No BioTIC, as características são de uma urbanização com alta conectividade viária, diversidade de usos e tipologias, densidades equilibradas e com incentivo à criação de uma infraestrutura eficiente de baixo impacto ambiental, bem como à economia circular, criativa e colaborativa.

Diretrizes sustentáveis

Desde as etapas iniciais, o CTE tem contribuído para o sucesso desse projeto, liderando várias atividades que incluíram a gestão de projetos, a elaboração de estudo de viabilidade financeira para dar subsídios para a estruturação do fundo ESG, além de consultoria em smart cities e infraestrutura sustentável.

Myriam Tschiptschin, gerente da Unidade Smart Cities do CTE, conta que o trabalho começou com a seleção de uma empresa para atualizar uma pesquisa de mercado de apoio à definição dos produtos imobiliários a serem desenvolvidos. “Os resultados dessa pesquisa se juntaram ao masterplan do Carlo Ratti, ao trabalho de consultoria do CTE e ao aprofundamento dos estudos das restrições ambientais, culminando em um projeto que foi tropicalizado pela Def Projetos”, conta Tschiptschin.

Para a definição das estratégias de sustentabilidade e smart cities, a equipe do CTE utilizou como referência três certificações em escala urbana: o Sustainable Sites, o Well Comunity e o LEED for Neighborhood Development (LEED ND), sendo este último o selo definido a ser buscado pelo BioTIC.

Tschiptschin conta que, no campo da mobilidade, além de farto acesso ao transporte público, o Parque Tecnológico aplicará estratégias de walkability e contará com ampla infraestrutura cicloviária. Toda malha viária acaba se constituindo em um corredor verde que inclui, além de vegetação nativa, a construção de jardins de chuva e biovaletas.

Projeto Parque Tecnológico de Brasília — BioTIC

O projeto prevê ações para aproveitamento de água não potável e para racionalização do uso desse recurso natural, com a instalação de dispositivos economizadores inteligentes. Também haverá produção de energia renovável, assim como a inserção de equipamentos e tecnologias que promovam economia na fase de uso e operação.

Em alinhamento com a valorização da saúde e do bem-estar dos usuários, o projeto BioTIC se sobressai pela oferta de espaços públicos de lazer qualificados, visando o estímulo à sociabilidade, à contemplação, à atividade física, além da promoção de ecossistema e da biodiversidade. Haverá um parque linear permeando todo o projeto e todas as vias serão arborizadas. Além disso, está prevista a construção de fazendas urbanas próximas a zonas residenciais.

O CTE atua em projetos de escala urbana e de infraestrutura com consultoria técnica nas áreas de sustentabilidade, tecnologia, inteligência e inovação. Abordamos o desenvolvimento urbano considerando conectividade, pedestrianismo, conforto ambiental, biodiversidade, eficiência energética, conservação hídrica, gestão de resíduos, materiais sustentáveis, governança e desenvolvimento local da  conceituação à construção e operação. Entre em contato para saber mais!

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