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O que é Design Generativo e como ele pode impactar a arquitetura?

3 de dezembro de 2021
Montagem de ponte sobre canal em Amsterdã. Fonte: MX3D

Quando o assunto é tecnologia aplicada a projetos para construção, o design generativo é uma das novidades que se destaca, ao propor um novo método de projetar baseado no uso de algoritmos. A ideia é a seguinte: se os algoritmos já estão presentes na rotina humana em uma série de atividades cotidianas, por que não aproveitá-los para auxiliar o desenvolvimento de projetos, maximizando o valor gerado e reduzindo as perdas de informação e retrabalho?

Embora esteja em início de adoção em mercados mais desenvolvidos, esta tecnologia desponta como uma nova fronteira de inovação, assim como ocorreu com o BIM (Building Information Modeling) há pouco tempo.

O artigo de hoje explica mais o design generativo. Continue conosco e tenha uma excelente leitura!

Modelagem + IoT

O design generativo combina o projeto paramétrico à inteligência artificial. Ele fundamenta-se na exploração de alternativas de projeto derivadas de certos pressupostos definidos pelo projetista, em resposta a um dado objetivo. Na prática, o arquiteto/designer define parâmetros, enquanto o software realiza as simulações e a modelagem, permitindo criar múltiplas soluções simultaneamente.

Segundo a Autodesk, o design generativo envolve uma sequência de interações entre humanos e o computador que podem ser listadas em cinco etapas:

1) Produção das opções de design: o software gera múltiplas opções considerando os parâmetros de design.

2) Análise das alternativas: o programa avalia cada opção estabelecendo valores para as métricas que o usuário determinou.

3) Ranqueamento das soluções propostas: as opções geradas são ranqueadas conforme os critérios estabelecidos pelo usuário.

4) Exploração dos resultados: com as alternativas ranqueadas, parte-se para a exploração das melhores opções a fim de entender os resultados.

5) Integração da escolha ao projeto: após a análise exploratória, uma escolha é realizada e incorporada ao projeto. 

Embora seja uma tecnologia recente, indústrias de diferentes segmentos já se aproveitam do design generativo. Entre elas estão a Airbus, que usou essa solução para criar uma partição de cabine para seus aviões A320, e a Under Armour, que empregou o design generativo no desenvolvimento do Architect, tênis produzido a partir de impressão 3D.

Vantagens do design generativo para a construção civil

Você pode estar se perguntando: por que apostar em uma tecnologia que promove tantas disrupções no modo de projetar? A resposta a esta pergunta está em fatores como:

  • Economia de tempo na elaboração de projetos — Como parte da concepção é automatizada a partir de premissas pré-definidas, o tempo para a elaboração de projetos é reduzido, mas sem comprometer a confiabilidade.

  • Mais originalidade — A inteligência artificial torna-se uma aliada da criação ao permitir explorar inúmeras possibilidades para uma mesma ideia original.

  • Novas possibilidades — Uma vez que a capacidade de criação é expandida, o colaborador acessa um novo mundo de possibilidades no que tange à concepção.

  • Sustentabilidade — Premissas sustentáveis podem ser inseridas nos programas fazendo com que as soluções propostas estejam alinhadas a esses princípios. 

De forma resumida, o design generativo oferece um assistente tecnológico valioso para ajudar os desenvolvedores a criar, testar e avaliar diversas opções de projeto. Ele propõe uma mudança radical no modo de se projetar, ampliando as possibilidades de aplicação da tecnologia. Contudo sua utilização não anula o valor dos projetistas, muito pelo contrário. Segundo David Benjamin, arquiteto fundador do estúdio de pesquisa The Living, enquanto um algoritmo for apenas um algoritmo, somente um humano decidirá qual problema resolver, quais objetivos devem ser alcançados e quais fatores são mais importantes para resolver um problema. “Os computadores podem ajudar a organizar e a priorizar essas decisões, mas, na verdade, eles não podem tomá-las. Somente as pessoas podem decidir o que é importante”, diz o pesquisador ligado à Princeton University.

O CTE, por meio da Unidade Inovação e Tecnologia, apoia os diversos agentes do setor da construção na adoção de inovações aplicáveis a produtos ou a processos empresariais. O objetivo é otimizar os resultados com foco em produtividade, redução de custo, competitividade e industrialização. Entre em contato e saiba mais sobre este trabalho.

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