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BIM: Por que essa tecnologia está se disseminando no Brasil?

16 de julho de 2020

Você que atua na cadeia da construção certamente já sabe que o BIM (Building Information Modeling) é uma evolução sem volta. A adesão crescente a essa plataforma se deve, em grande parte, à percepção de muitas empresas, que viram nessa solução uma rota segura para dar precisão aos projetos, ganhar produtividade e obter maior controle sobre os recursos utilizados, entre outras vantagens competitivas. O protagonismo adquirido pelo BIM também se explica pela imposição de alguns contratantes, que passaram a condicionar o uso da modelagem da informação à participação de concorrências. Decretos, como o 10.306, de 2 de abril de 2020, impulsionam ainda mais a aplicação da tecnologia ao exigi-la para a contratação de obras públicas.

No post de hoje você pode entender um pouco mais sobre como o BIM funciona e, principalmente, alguns benefícios que ele pode proporcionar para a indústria da construção. Boa leitura!

O QUE É O BIM?

O BIM é uma filosofia de trabalho que integra arquitetos, engenheiros e construtores na elaboração de um modelo virtual 3D. Esse modelo gera uma base de dados que contém tanto informações topológicas, como subsídios necessários para orçamento, cálculo energético e previsão de insumos, por exemplo.

Sendo um dos temas mais debatidos na indústria da construção nos últimos anos, o BIM tem a capacidade de aumentar a produtividade e viabilizar a automação de processos ao mesmo passo que reduz custos e desperdícios. Saber como utilizá-lo perfeitamente, vencendo os seus obstáculos, proporciona ganhos gigantes em sua aplicação, assim como aponta o material “BIM: como superar os principais desafios no uso do modelo” da Autodoc.

“Ao contrário do que muitos ainda pensam, o BIM não é apenas um software, mas um processo de trabalho completo”, explica a arquiteta Miriam Addor, sócia-diretora da Addor Associados. “Por causa de sua abrangência, é fundamental que ele seja introduzido em baby steps, evoluindo em complexidade gradativamente”, alerta a arquiteta, que foi uma das participantes do webinar “A Jornada BIM no setor da construção“, promovido pelo CTE enredes.

PLANEJAMENTOS E CUSTOS MAIS ASSERTIVOS

O BIM pode gerar benefícios para toda a cadeia produtiva da construção, em função da diminuição de erros, de inconsistências e de incompatibilidades.

Para as construtoras, a plataforma colabora, não só com funcionalidades já conhecidas, como a verificação de interferências nos projetos. Quando integrado a ferramentas de planejamento e orçamentação, o modelo pode incorporar informações sobre cronograma, sequência de obra, fases de implantação, além de gerar quantitativos e orçamentos bastante assertivos.

“Para uma empresa de engenharia, poder planejar e acompanhar a obra até o final do ciclo, mantendo a aderência ao cronograma, é fundamental”, diz o engenheiro Paulo Sanchez, CEO da Sinco. “Com o BIM todos os departamentos que têm relação com a obra se tornam colaborativos. A transparência nas informações, a agilidade para resolver problemas e a fácil visualização do que será construído proporcionam maior confiabilidade”, conta Sanchez, que utiliza o BIM na Sinco desde 2011.

MAIS PRODUTIVIDADE AOS ESCRITÓRIOS

Ainda que demande investimentos para a aquisição de licenças e hardwares, esforço para a capacitação das equipes e uma saída da zona de conforto, o uso do BIM também pode agregar benefícios relevantes para os escritórios de projeto. “No nosso caso, ganhamos agilidade, diminuímos a ocorrência de erros e o número de revisões” revela o engenheiro Ricardo França, sócio-diretor do França & Associados.

No Kröner & Zanutto Arquitetos & Associados, entre os benefícios proporcionados pelo BIM destaca-se um acréscimo de produtividade entre 30% e 40% nos projetos realizados para o varejo, em função da visualização simplificada e da maior precisão, informa o sócio-diretor do escritório, Anderson Zanutto.

LIÇÃO DE CASA

Para Zanutto, para as empresas que estão iniciando uma jornada BIM, tão ou mais importante do que dispor de boas ferramentas computacionais é entender a modelagem como uma fração de um processo mais amplo de transformação digital.

“O BIM exige uma mudança no fluxo de informações e um grau de maturidade das empresas no mapeamento de seus processos internos”, salienta o arquiteto, lembrando que sem esses cuidados, a implementação da plataforma pode não ser bem-sucedida.

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