Tendência no Brasil e no mundo, a construção modular offsite
é um sistema baseado em módulos industrializados fabricados fora do canteiro.
Ao viabilizar a execução simultânea de tarefas, essa metodologia proporciona
entre 30% e 50% de redução dos prazos. Outras vantagens associadas à construção
modular offsite são a melhor qualidade, a maior previsibilidade e a redução de
desperdícios decorrentes de um processo de fabricação padronizado e executado
em ambiente controlado.
Alvo de muitos investimentos, a construção modular foi tema de um report elaborado pela Terracotta Ventures, divulgado no final de 2020. O trabalho, que teve o apoio do CTE, aborda aspectos técnicos desse sistema capaz de solucionar dores importantes do setor.
PROJEÇÕES DE MERCADO
Segundo o relatório da Terracotta, 77 startups de construção
modular receberam investimento desde 2010. No total, foram 130 rodadas que
movimentaram mais de US$ 2,29 bilhões. No Brasil, foram mapeadas 55 startups,
que estão em early stage em sua
grande maioria.
Outro dado interessante vem do levantamento da Markets and
Markets, que projeta uma taxa de crescimento anual de 5,75% para o mercado de
construção modular global entre 2020 e 2025. Esse mesmo estudo aponta Brasil,
China e Japão como locais com maiores oportunidades para a construção modular
se desenvolver.
Na visão dos autores do trabalho, a escassez ou o alto custo
de mão de obra, além do deficit habitacional elevado, são fatores que
impulsionam a adoção construção modular. Em muitos países, a expectativa é a de
que esse sistema construtivo cresça a uma velocidade duas vezes superior à
apresentada pela construção tradicional.
QUEM JÁ APOSTA NESTE MODELO?
O report da Terracotta projeta um mercado de R$ 2,08 bilhões
anuais para a construção modular no Brasil, muito em função do mercado de baixa
renda.
Algumas empresas vêm fazendo movimentações interessantes que
confirmam essa expectativa. É o caso da Tenda, um dos principais players de habitação popular do país.
Focada em empreendimentos verticais, a construtora está investindo R$ 12
milhões no desenvolvimento de alternativas aos sistemas convencionais, em
especial na construção modular offsite com frames de madeira (woodframe).
Quem também reflete a expansão do mercado de construção
modular offisite é a Brasil ao Cubo. A startup constrói a partir de módulos
metálicos 3D, explorando, principalmente, a vantagem proporcionada pela redução
de prazos de execução para melhorar a taxa de retorno de estabelecimentos
industriais, comerciais, e emergenciais. No final de 2020, a empresa recebeu um
aporte de R$ 60 milhões do fundo de corporate venture da Gerdau por 1/3 da
empresa.
Há, ainda, a Tecverde, que soma mais de 175 mil metros
quadrados construídos em todo território nacional a partir de um sistema
construtivo que conta com até 85% das etapas alocadas em ambiente fabril. A
empresa atua intensamente em programas de habitação popular e sua metodologia
construtiva pode ser financiada para habitações
térreas e prédios de até quatro pavimentos.
O CTE, por meio de sua Unidade Inovação & Tecnologia, apoia diversos agentes do setor na adoção de inovações aplicáveis a produtos ou a processos empresariais.
Através do desenvolvimento de projetos customizados de tecnologias construtivas inovadoras, auxiliamos nossos clientes a otimizar resultados com foco em produtividade, redução de custo, competitividade e industrialização. Entre em contato para conversarmos mais a respeito.
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