Cronograma físico-financeiro consistente é vital para uma obra bem-sucedida

A sua empresa faz cronograma físico-financeiro? Uma das grandes dificuldades enfrentadas por quem está à frente da construção de empreendimentos é garantir que as obras aconteçam de acordo com prazos e orçamentos pré-definidos. 

Para superar esse desafio, um elemento fundamental é, justamente, o cronograma físico-financeiro, tema do nosso artigo de hoje. 

Siga conosco e você vai entender por que essa ferramenta de gestão é tão importante para as construtoras que buscam planejamentos e controles mais assertivos:

O que é o cronograma físico-financeiro de obras?

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Previsto na ABNT NBR 13.531: Elaboração de Projetos de Edificações, o cronograma físico-financeiro é mais do que um simples cronograma. 

Trata-se de uma ferramenta de planejamento e acompanhamento que alinha, graficamente, o andamento físico da obra com o orçamento, permitindo um controle mais eficiente de prazos e de recursos.

Por que investir na elaboração de um cronograma físico-financeiro?

Há, pelo menos, três grandes razões que justificam o interesse pelo cronograma físico-financeiro. O primeiro deles é melhorar a previsibilidade. Afinal, ao combinar o avanço real da obra com o orçamento, o cronograma físico-financeiro permite compreender exatamente quanto será gasto com cada fase da construção. 

Ele também facilita o gerenciamento, o replanejamento e a alocação de recursos, permitindo que os gestores e profissionais envolvidos tenham uma visão completa e detalhada da progressão da obra. Isso cria oportunidades para a identificação antecipada de potenciais riscos relacionados a atrasos e desvios financeiros. 

O segundo motivo para elaborar um cronograma físico-financeiro consistente tem relação com a gestão de materiais e de mão de obra. 

Ao visualizar o andamento da obra e sua correspondência com os gastos, a gestão de mão de obra, de materiais e de equipamentos torna-se mais precisa, reduzindo desperdícios e ineficiências.

Há, ainda, a exigência do cronograma físico-financeiro por instituições financeiras para o acesso a financiamento ao construtor. 

Quando combinado aos projetos, à planilha orçamentária e ao memorial descritivo da obra, o cronograma físico-financeiro serve como uma garantia ao banco de que o recurso cedido será usado, efetivamente, na construção de um imóvel. 

Como elaborar um cronograma físico-financeiro de obras?

No cronograma físico-financeiro, as despesas com a execução dos serviços podem ser detalhadas semanal ou mensalmente. 

A forma de apresentação mais usual é o Gráfico de Gantt. Nesse modelo, os intervalos de tempo que indicam o início e o fim de cada fase aparecem como barras coloridas sobre o eixo horizontal do gráfico. 

De modo simplificado, a elaboração de um cronograma físico-financeiro pode ser dividida nas seguintes etapas:

  • Definição das EAPs (Estruturas Analíticas do Projeto) física e de orçamento. A EAP física desmembra o projeto em partes gerenciáveis, delineando fases, atividades e tarefas. Já a EAP de orçamento concentra-se na alocação financeira para cada atividade e fase da obra. Trata-se de uma representação detalhada dos recursos financeiros que serão alocados em cada parte do projeto. 
  • Elaboração da estimativa de duração e do sequenciamento das atividades. Nessa fase, define-se o tempo necessário para cada tarefa e uma ordem lógica que guiará a execução do projeto. Fatores externos, como sazonalidade, condições climáticas e disponibilidade de recursos são considerados nesse momento.
  • Desenvolvimento da estimativa de custos associados a cada atividade, incluindo despesas diretas e indiretas.
  • Elaboração do cronograma da obra com a distribuição das atividades e dos recursos ao longo do tempo.
  • Montagem do cronograma físico-financeiro. É nessa hora que é feita a combinação do cronograma de prazos com o orçamento para cada etapa do projeto.
  • Revisão dos dados para a finalização do cronograma físico-financeiro. 
  • Acompanhamento e replanejamento. Nessa etapa, é feito o monitoramento contínuo do progresso da obra em relação ao cronograma físico-financeiro, garantindo que o projeto esteja alinhado ao plano original. Esse é um serviço indispensável porque permite identificar desvios, antecipar problemas e tomar medidas corretivas quando necessário.

Qual é a importância do cronograma físico-financeiro para as obras?

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A falta de controle sobre os prazos e os custos de uma obra pode gerar consequências severas, como despesas extras que corroem as margens de lucro do negócio, falhas de qualidade e segurança, além de danos à imagem das construtoras.

De acordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), cerca de 61% das obras realizadas no Brasil são entregues com atraso e 63% delas têm custo final acima do planejado.

O problema tem se agravado diante de desafios atuais. O aquecimento do mercado, e o consequente aumento do volume de obras, é um deles.

Outro fator de pressão sobre as construtoras e incorporadoras é a escassez de mão de obra qualificada, especialmente operacional. 

Nos grandes centros, principalmente, já é enorme a dificuldade para contratar mestres de obra, pedreiros, eletricistas, carpinteiros e até engenheiros. De acordo com enquete produzida pela CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), 7 em cada 10 construtoras sofrem com a falta de trabalhadores.

O que vimos hoje sobre cronograma físico-financeiro?

Especialmente em momentos desafiadores, as empresas são ainda mais exigidas por planejamentos consistentes e por controles rigorosos sobre as atividades.

Com um departamento de planejamento composto por mais de vinte profissionais, o CTE vem auxiliando construtoras de diferentes portes e localidades na tarefa de planejar obras com eficiência. 

O trabalho é individualizado para cada construtora. Com base na análise de macro-fluxo de atividades e do orçamento executivo, ele inclui um estudo profundo para identificação prévia de desafios e gargalos. 

A partir daí, é desenvolvido o cronograma físico-financeiro do empreendimento, bem como estudos de cenários visando o melhor dimensionamento das equipes. O planejamento é composto, ainda, por outros documentos, tais como plano de ataque de obra, estudo de logística de canteiro, cronograma de suprimentos, linhas de balanço, entre outros, sempre visando eliminar restrições e mitigar riscos. 

O resultado desse trabalho é um planejamento consistente. “O objetivo é garantir que o planejamento tenha efetividade e agregue valor para a obra e para o negócio da construtora”, afirma a engenheira Juliana Pasotto, gerente de contratos no CTE. 

Ficou interessado em saber mais sobre a atuação do CTE na área de planejamento e controle de obras? Então, acesse aqui.

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