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Mercado exige boas práticas para a identificação dos fundos sustentáveis

27 de abril de 2022

Com a consolidação da agenda ESG, a necessidade de atuar com transparência na identificação de fundos sustentáveis tornou-se uma prioridade no mercado financeiro. A movimentação da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) confirma isso. Representando instituições como bancos, gestoras, corretoras, distribuidoras e administradoras, a entidade divulgou novas regras para fundos sustentáveis como parte de sua autorregulação.

Em vigor desde o início de 2022, os fundos que têm o investimento sustentável como objetivo passam a levar o sufixo IS (Investimento Sustentável) em seu nome. Também passam a ser reconhecidos os fundos que integram aspectos ESG em seu processo de gestão, mas não têm o investimento sustentável como objetivo principal. Eles não podem usar o sufixo IS, mas têm uma diferenciação dos demais: utilizam a frase “esse fundo integra questões ESG em sua gestão” em seus materiais de venda voltados aos investidores.

Junto à mudança de nomenclatura, há uma série de boas práticas esperadas dos gestores de recursos de terceiros visando maior diligência, transparência e evitar a armadilha do greenwashing.

TRANSPARÊNCIA NA DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES

Segundo a Anbima, espera-se que os fundos IS:

  • Mantenham consistência entre o nome do fundo, seu objetivo e sua estratégia de investimento;
  • Elaborem relatórios periódicos sobre a performance dos indicadores e o tratamento de limitações;
  • Garantam transparência aos riscos e oportunidades específicas do fundo IS.

Já dos fundos que consideram questões ESG, as exigências mínimas são:

  • Oferecer informações claras, completas e atualizadas sobre a metodologia ESG;
  • Ter políticas de diligência e participação ativa na governança;
  • Garantir a qualificação de equipes para avaliação interna das características ESG dos ativos.

Tais exigências buscam dar uma resposta à preocupação do segmento em assegurar uma expansão na oferta de produtos ESG, ao mesmo tempo, em que são mitigados riscos de greenwashing. A iniciativa acompanha o que ocorre em outras jurisdições. Na União Europeia, por exemplo, a referência mais conhecida são os fundos denominados Deep Green.

A expectativa é a de que novos marcos regulatórios e referências internacionais sejam criados para a divulgação de informações por empresas em torno da agenda de desenvolvimento sustentável, em especial, para apuração de métricas e objetivos relacionados à questão climática. 

ESG SE CONSOLIDA NO MERCADO FINANCEIRO

O estoque total de investimentos ESG alcançou US$ 35,3 trilhões em 2020, o que representou um aumento de 15% em relação a 2018. O dado é do relatório bianual publicado em 2021 pela GSIA (Global Sustainable Investment Alliance).

No Brasil, a sustentabilidade também tem alcançado cada vez mais relevância no mercado de capitais. Segundo a 3ª Pesquisa de Sustentabilidade realizada pela Anbima em 2021, a temática ESG recebeu notas de 7 a 10 em escala de importância para 86% dos entrevistados. O estudo ouviu mais de 250 participantes, incluindo gestoras de recursos, bancos, corretoras e distribuidoras. Além disso, para 90% dos respondentes, a agenda ESG deve ganhar ainda mais tração em futuro próximo.

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