Começamos o ano de 2020 inebriados por uma real sensação de retomada do mercado, com muitos lançamentos imobiliários, vendas acima do planejado e canteiros de obras com suas operações em pleno andamento.
Abruptamente, essa empolgação foi interrompida pela crise causada pela pandemia do Covid-19. Nessa nova conjuntura, formos surpreendidos por uma situação em que precisamos tomar atitudes urgentes relacionadas com a saúde dos trabalhadores, suas famílias e de toda a comunidade e ainda manter nossos negócios.
O caminho pode não ser tão fácil, mas acreditamos que sairemos muito mais fortalecidos.
É impossível falar sobre retomada se não sobrevivermos a essa etapa inicial. Assim cada empresa deve fazer um diagnóstico para avaliar a sua capacidade de superação, envolvendo disponibilidade de caixa, grau de endividamento, faturamentos futuros, estrutura de TI, canais de comunicação interna e externa e o comportamento dos demais agendes da cadeia produtiva.
Com isso será possível identificar as ações imediatas a serem tomadas, como por exemplo a criação de um comitê de crise para planejar e acompanhar a implementação de um plano emergencial. Além disso, esse grupo poderá coordenar as comunicações, sejam elas para os colaboradores compreenderem as diretrizes da empresa, como também para manter o alinhamento com os clientes, fornecedores e parceiros.
É nesse momento que as metodologias de gestão ágeis são muito úteis. Definir metas de curto prazo, estabelecer tarefas diárias e acompanhá-las podem fazer toda a diferença nesse momento de incertezas.
Também é hora de aproveitar as oportunidades e pensar fora da caixa. Existe alguma oportunidade para nossa empesa nesta crise? Em que podemos contribuir para a sociedade? E se inovarmos no modelo de negócio para atrair novos mercados criados por essa situação?
Certamente teremos que rever a estratégia de 2020 e montar um plano de recuperação, pois as premissas mudaram e precisaremos agir de forma diferente. Será um momento para refletir e aproveitar o aprendizado para que essa retomada seja diferente e bem estruturada.
Provavelmente, teremos que acelerar os ritmos das obras para recuperar algum atraso no cronograma inicial. A dúvida é se isso será possível com as tecnologias construtivas que utilizamos atualmente. Optar pela adoção de soluções industrializadas e pré-montadas podem reduzir as atividades em canteiro de obras e colaborar com a manutenção dos prazos previstos inicialmente.
Já não é sem tempo de partirmos para a industrialização da construção. Mais qualidade, mais precisão e menos interferências.
É tempo de repensar e inovar.
Márcia Menezes
Diretora Inovação e Tecnologia
Mestre em Engenharia de Produção (POLI-USP), Arquiteta e Urbanista (FAU-USP), Especialista em Qualidade e produtividade pela FCAV/USP. MBA Internacional em Gestão Ambiental pela Proenco/Câmara Brasil Alemã. Especialista nas áreas de gerenciamento de projetos e obras, gestão empresarial, do meio ambiente e da qualidade. Consultora do CTE desde 1991.
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