Prática recomendada orienta empresas sobre como incorporar práticas ESG

Com os holofotes voltados para a agenda ESG (Environmental, Social and Governance), um desafio imposto às corporações é comprovar o alinhamento com as melhores práticas de responsabilidade ambiental, social e de governança. Os desafios são enormes, especialmente para evitar o greenwashing (maquiagem verde).

Por isso, uma boa notícia é a publicação da Prática Recomendada 2030, desenvolvida pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Composta por conceitos, diretrizes e por um modelo de avaliação, o documento lançado em dezembro de 2022 estabelece parâmetros para apoiar as organizações na identificação de seus temas materiais dentro da abordagem ESG

O que é a PR 2030?

A prática recomendada permitirá que as organizações identifiquem o seu estágio de evolução em relação aos critérios ESG considerados relevantes. “A publicação é pioneira no mundo”, diz Márcia Menezes, diretora da unidade Inovação & Tecnologia do CTE. Ela conta que o Brasil foi capaz de unir representantes de vários setores para montar um guia para que qualquer organização, independentemente do tamanho ou atuação, possa usar para evoluir na sua jornada ESG. 

Menezes fez parte da comissão que trabalhou na elaboração do texto junto à Comissão de Estudo Especial de Environmental, Social and Governance (ESG) (ABNT/CEE-256). Ela lembra que, embora não seja uma norma de aplicação obrigatória, a PR 2030 ajuda a estruturar a evolução da empresa nos três eixos do ESG: ambiental, social e governança. 

“Trata-se do primeiro documento normativo do mundo, que cria padrão de implementação das melhores práticas de ESG”, disse o presidente da ABNT, Mário William Esper, durante o lançamento da Prática Recomendada. Segundo ele, um diferencial da PR 2030 é contar com uma régua de aferição para verificação de pontos fortes e fracos de cada empresa. “A PR é uma consolidação de diversas normas internacionais de gestão, entre elas as ISOs 9.001 (qualidade), 14.000 (gestão ambiental), 31.000 (gestão de risco), 37.000 (governança e compliance), 26.000 (responsabilidade social) e a 27.001 (gestão de segurança da informação)”, citou Esper.

Movimento ESG avança

A incorporação de práticas ESG aponta para um novo modelo de desenvolvimento econômico no qual o objetivo é combinar lucro e propósito. Segundo essa nova visão, as organizações que consideram os critérios sociais, ambientais e de governança em seus negócios tendem a superar financeiramente seus pares, atrair e reter talentos, alcançar melhor produtividade e criar vantagem competitiva. Essas empresas também são mais resilientes e estão melhor preparadas para as incertezas e as adversidades.

Atento à valorização das questões relacionadas ao ESG, o CTE está com inscrições abertas para uma nova turma do seu programa de capacitação em ESG focado na construção civil. Com início programado para março, a iniciativa engloba encontros de capacitação com dinâmicas, cases e discussões, além de consultoria individualizada para cada uma das empresas participantes. Clique aqui e obtenha mais informações.

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