Desde que o ESG (Environmental, Social and Governance) adquiriu tração no mundo dos negócios, as empresas têm buscado se ajustar a esse movimento, estruturando ações nas esferas ambiental, social e de governança corporativa. Nessa trajetória, uma etapa estratégica é a elaboração da matriz de materialidade ESG, ferramenta que visa identificar e priorizar os temas mais relevantes para uma empresa e suas partes interessadas.
No caso das empresas do setor de incorporação imobiliária, esse instrumento vem sendo útil para dar direcionamento às práticas das empresas, seja para as que se encontram em início de jornada, seja para as que já estão bem estruturadas, mas querem avançar ainda mais nessa agenda.
Para auxiliar essas companhias, CTE e Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) uniram esforços para desenvolver a cartilha “Materialidade do Setor de Incorporação Imobiliária”. A publicação, disponibilizada para download gratuito aqui, ensina como identificar os temas que impõem mais riscos aos negócios e como incorporá-los na estratégia da empresa. O documento é resultado de discussões e contribuições de um grupo composto por dez empresas associadas à Abrainc.
O que é uma matriz de materialidade ESG?
No contexto empresarial e financeiro, a matriz de materialidade ESG refere-se à identificação e priorização dos temas mais relevantes e impactantes para o negócio e para seus stakeholders.
Márcia Menezes, diretora de inovação, tecnologia e ESG no CTE, explica que a materialidade busca determinar quais aspectos são significativos para basear as estratégias e a divulgação de informações pela empresa. “A ideia é que as empresas possam direcionar seus recursos para ações, projetos e iniciativas que agreguem mais valor, promovendo uma gestão mais eficaz e transparente, além de melhorar sua reputação e posicionamento no mercado”, diz Márcia.
Esse trabalho de definição de prioridades deve começar com a identificação das partes interessadas (clientes, fornecedores, instituições financeiras, sócios, órgãos reguladores, etc.). Vale lembrar que cada organização mantém diferentes relações com suas diversas partes interessadas.
Principais temas materiais para as empresas de incorporação
No guia desenvolvido, foram identificados 17 aspectos que usualmente são considerados de grande relevância e podem ser considerados impactantes para empresas do mercado de incorporação imobiliária. São eles:
- Ética e integridade nos negócios
- Cultura da conformidade (compliance)
- Mudanças climáticas
- Desenvolvimento de construções e cidades sustentáveis
- Canteiro de obras sustentável
- Eficiência na operação de empreendimentos
- Geração de emprego e renda
- Saúde e segurança dos colaboradores
- Desenvolvimento e capacitação profissional
- Diversidade, equidade, inclusão
- Relação com a comunidade e impactos na vizinhança
- Qualidade, desempenho e segurança do empreendimento
- Gestão econômica-financeira
- Gestão de riscos socioambientais da cadeia de fornecedores
- Inovação, pesquisa e desenvolvimento
- Comunicação e satisfação dos clientes
- Responsabilidade e ações sociais
A incorporação de temas materiais na estratégia da empresa ajuda a garantir que as ações corporativas estejam alinhadas com as principais questões que afetam os negócios a curto, médio e longo prazo.
Para isso, cada empresa deve entender como cada um dos temas está relacionado com seus stakeholders e, também, com a sua performance. “Os temas materiais são a base para que a organização estabeleça seus compromissos e políticas e, ainda, mantenha a transparência na comunicação sobre os aspectos ESG”, finaliza Márcia Menezes. O CTE desenvolveu um conjunto robusto de soluções de consultoria para auxiliar as empresas em suas jornadas de adesão aos princípios ESG. Clique aqui para obter mais informações sobre o nosso portfólio.