Maquiagem verde ou greenwashing, em inglês, é um termo que ganhou espaço no vocabulário recente com o aumento das ações em prol da sustentabilidade ambiental. Ele refere-se a ações que funcionam mais como ação de marketing e para a promoção de marcas do que como um compromisso real para a redução dos impactos negativos sobre o meio ambiente.
Com os holofotes voltados para a agenda ESG (Environmental, Social and Governance), a preocupação em distinguir o greenwashing tornou-se ainda mais necessária.
Nesse contexto, mais do que comunicar boas ações, as empresas precisam comprovar que estão alinhadas às melhores práticas de responsabilidade ambiental, social e de governança. Os desafios são enormes diante da necessidade de compatibilizar a busca por resultados com novas metas, como:
- Atrair investidores com foco no desenvolvimento sustentável;
- Diminuir riscos nas operações e problemas com governança;
- Ampliar a satisfação dos colaboradores e a retenção de talentos;
- Fortalecer a marca perante a sociedade e colaborar com a melhoria da imagem do setor.
Para essas empresas, uma rota segura para atender aos princípios ESG com consistência e confiabilidade é a capacitação de suas equipes. Na cadeia da construção mais de 40 companhias, entre construtores, incorporadores e fornecedores de materiais têm seguindo esse caminho por meio do Programa de Capacitação em ESG lançado em 2021 pelo CTE.
FOCO NAS NECESSIDADES DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Oferecido para grupos de empresas, o programa visa oferecer ferramentas para que os três pilares — social, ambiental e governança — sejam incorporados às estratégias corporativas. Cerca de 500 profissionais já acessaram o treinamento, divididos em quatro turmas, recebendo 60 horas de conteúdo ao longo de 9 a 10 meses.
Os dois primeiros grupos voltaram-se para construtoras e incorporadoras. Para ampliar a difusão de conhecimento para a cadeia produtiva teve início, no final de 2021, um grupo composto por fabricantes de materiais, com uma programação especialmente adaptada para a indústria.
“A possibilidade de troca de informações e de experiências entre as organizações acelera muito o processo de implementação de ações e iniciativas ESG”, diz Márcia Menezes, diretora de Inovação & Tecnologia no CTE.
Ela lembra que os profissionais que participam das oficinas atuam como multiplicadores internos e compõem comitês que têm a atribuição de definir as ações e acompanhar a sua implementação das estratégias ESG.
“As oficinas são bastante dinâmicas e buscam criar múltiplas oportunidades de reflexões. Além das apresentações dos instrutores do CTE e de especialistas convidados, realizamos exercícios e palestras de empresas e organizações não governamentais”, revela Menezes.
O programa está, atualmente, estruturado nos seguintes módulos:
- Desenvolvimento sustentável: visão global
- Empresa e negócios ESG: onde estamos?
- Diálogo e engajamento de partes interessadas
- Responsabilidade social
- Diversidade, equidade e inclusão
- Comportamento ético
- Gerenciamento de riscos e oportunidades ESG
- Responsabilidade ambiental
- ESG na seleção do terreno, desenvolvimento do produto e projeto
- ESG no processo de aquisição
- ESG no lançamento, marketing, vendas e relacionamento com cliente
- Conceitos básicos de governança
- Monitoramento, controle e comunicação
Além das oficinas, as companhias participantes recebem consultoria do CTE para orientações específicas. Ao final do processo é realizada uma avaliação para mensurar o patamar de maturidade alcançado.
“Os resultados das duas primeiras turmas foram surpreendentes. Após a conclusão da capacitação, 71% das empresas foram classificadas com grau de maturidade consciente e atuante, o segundo mais elevado em uma escala de quatro níveis”, conta a diretora do CTE.
ESG EM 2022
Os negócios ESG são aqueles que combinam lucro com propósito. Eles partem do entendimento de que cuidar de questões sociais, ambientais e da governança, além de prover um futuro melhor, aumenta o retorno financeiro.
“Esse movimento só tende a se intensificar. Quem não se preparar para essa nova realidade, estará fora do mercado muito em breve”, salienta Menezes.
Atento ao aumento de tração das questões relacionadas ao ESG, o CTE está ampliando o programa de capacitação para as empresas da construção. Em 2022 serão abertas novas turmas tanto para incorporadoras e construtoras, quanto para fabricantes.
Os dois primeiros grupos devem iniciar as atividades no começo de fevereiro. “Na sequência, pretendemos começar novas turmas a cada 60 dias”, revela Menezes.
Não deixe sua empresa de fora deste movimento! Clique aqui para obter mais informações sobre a Capacitação do CTE em ESG.