Após um período de debates e reflexões da comunidade técnica, foi publicada, no início de abril, a versão 5 do LEED (Leadership in Energy and Environmental Design). O novo referencial da certificação green building mais utilizada em todo o mundo, é aplicável às seguintes tipologias: BD+C (novas construções), ID+C (design de interiores) e O&M (operação e manutenção de edifícios existentes).

Adaptando-se às demandas do mercado por maior responsabilidade, o LEED v5 promoverá soluções que visam harmonizar o ambiente construído com imperativos essenciais, tais como a descarbonização, a conservação e a restauração de ecossistemas, além de equidade, saúde e resiliência. 

Assim como ocorreu com o LEED v4, a nova versão deve provocar transformações positivas no setor da construção civil. Ao mesmo tempo, ela exigirá maior engajamento de todas as partes interessadas no desenvolvimento e construção de projetos ainda mais sustentáveis. 

O que podemos adiantar sobre o LEED v5?

Desenvolvida pelo US Green Building Council, a certificação LEED está presente em quase 100 mil projetos distribuídos em mais de 180 países. A certificação estabelece critérios para o reconhecimento de liderança ambiental na indústria da construção por meio de um padrão de medição transparente e da promoção de boas práticas de projeto. Com uma posição de protagonismo no continente, o Brasil é a quinta nação no mundo em número de empreendimentos certificados pelo LEED.

Segundo a nova versão, metade dos pontos contabilizados para a obtenção do selo terá relação direta com o propósito de minimizar o impacto das mudanças climáticas. Além disso, 25% dos pontos serão focados na melhoria da qualidade de vida dos usuários. O restante da pontuação será dedicado a promover a restauração e a conservação ecológica.

Adriana Hansen, diretora técnica de sustentabilidade no CTE, ressalta que essas alterações acompanham a inclusão de temas completamente novos, com foco nas mudanças climáticas. “Estão na pauta da certificação estudos de quantificação de carbono, plano de resiliência climática, análise prospectiva de impacto e programa de descarbonização, seja com a inclusão de pré-requisitos atrelados ao tema, seja na existência de créditos para os empreendimentos que se engajarem no propósito”, explica Hansen, que também é LEED Fellow BD+C.

Maior rigor sobre o controle de emissões operacionais

Conforme declarado no documento “Future of LEED”, o novo referencial abrangerá estratégias para reduzir as emissões provenientes de operações, materiais, construção, gases refrigerantes e transporte, enquanto promove o sequestro de carbono e o balanço positivo das emissões de gases do efeito estufa.

Os empreendimentos que buscarem a certificação LEED v5 deverão projetar suas emissões operacionais de carbono até 2050. Isso ajudará as equipes a terem uma visão de ciclo de vida das emissões, entendendo a influência real das suas decisões na fase de projeto.

Conforme o órgão certificador, a abertura do LEED v5 para registro deve acontecer no início de 2025. Isso significa que há um curto prazo para manutenção dos registros no LEED v4, ainda em vigor.

Assim como ocorreu em revisões anteriores, a certificação LEED v5 sobe a régua quanto à performance energética das edificações, critério diretamente relacionado às emissões de carbono que ocorrem ao longo da etapa de operação. A nova versão também evidencia a preocupação da comunidade técnica com a preservação de ecossistemas, com a saúde das pessoas e com a criação de ambientes nos quais a diversidade, a equidade e a inclusão prosperem.

Com participação ativa nos debates que envolvem as atualizações do LEED, o CTE é líder em consultoria para green buildings no Brasil. Com uma equipe multidisciplinar altamente capacitada, oferece consultoria para o desenvolvimento de empreendimentos sustentáveis de alto desempenho, com proposição de soluções técnicas e introdução de inovações tecnológicas em projetos de diferentes portes. Entre em contato para obter mais informações.