Quinta nação no mundo em número de empreendimentos certificados pelo LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), o Brasil tem assumido protagonismo no mercado global de green buildings. A atuação do CTE tem contribuição relevante para o país conquistar tal posição. Prova disso é a marca atingida este mês de 400 projetos certificados com o apoio da consultoria. 

São 400 empreendimentos de diferentes tipologias e complexidades, mais saudáveis para seus usuários e mais eficientes para as cidades. Ao todo, são mais de 20 milhões de metros quadrados certificados, impactando positivamente mais de 600 mil pessoas.

Mercado em transformação

Quando os primeiros projetos chegaram ao CTE em busca por certificação ambiental, o contexto era muito diferente. Não havia incentivo de agentes financeiros ou governamentais e as ações eram focadas no segmento comercial, motivadas pelo interesse de desenvolvedores privados que já certificavam seus ativos no exterior.

Passados  17 anos, o cenário é completamente diferente. Hoje, é inconcebível desenvolver um edifício triple A sem certificação. Além disso, o interesse em comprovar os atributos de sustentabilidade chegou a outras tipologias e praças. O mercado amadureceu, de projetistas a fornecedores de materiais, e o interesse pela sustentabilidade estendeu-se para outras regiões do país, além do eixo Rio-São Paulo.

Nesse ciclo evolutivo, a temática da sustentabilidade se democratizou. Tanto é que hoje, o CTE certifica desde pequenos espaços comerciais e casas, até projetos de urbanização com milhões de metros quadrados.

Novos referenciais passaram a ser aplicados no Brasil, ampliando o portfólio de opções para os empreendedores. Destaque para as certificações Aqua-HQE, GBC Casa e Condomínio e Edge, que adquiriram participação importante entre os empreendimentos residenciais, assim como as certificações específicas voltadas para eficiência energética (Procel Edifica) e para a saúde e o bem-estar dos ocupantes (Well, Fitwel).

Edifícios comerciais que não foram certificados em suas fases de projeto e construção passaram a perder locatários para prédios mais eficientes. Isso levou a uma procura maior por certificações que atestam a sustentabilidade da operação dos edifícios. “Com o passar do tempo as empresas perceberam a importância de se posicionar quanto a sustentabilidade para criar valor para seus ativos, aumentando valor de locação, a percepção de qualidade do empreendimento e reduzindo potencial de vacância”, destaca a diretora técnica da Unidade Sustentabilidade do CTE, Adriana Hansen.

Mais recentemente, municípios e agentes financeiros passaram a oferecer incentivos e taxas de financiamento mais vantajosas para empreendimentos com atributos de sustentabilidade. Ao mesmo tempo, diante do movimento ESG (Environmental, Social and Governance, em inglês), o mercado financeiro passou a olhar os green buildings com ainda mais atenção. Fundos de investimento começaram a privilegiar ativos sustentáveis ao constatarem que eles são mais rentáveis e apresentam menor risco. 

Inovação e melhoria contínua

A história do CTE com selos verdes teve início em 2006 com a formação de um time de consultoria e a criação das primeiras metodologias para auxiliar no processo de certificação. A equipe inicialmente composta por seis pessoas, expandiu somando mais de 60 profissionais, com sólida experiência no mercado e formações multidisciplinares.

A vontade de ir além de um papel de gestão, o trabalho integrado com as diversas disciplinas de projeto, e a busca constante pelas melhores soluções para os clientes, marcaram a jornada do CTE. Foi essa postura que permitiu à consultoria se consolidar na liderança no mercado e se tornar uma empresa acreditada pelo USGBC/GBCI como Proven Provider para LEED BD+C. Na prática, isso significa redução de prazo e custos para obtenção dos certificados.

“Hoje, o CTE é a empresa brasileira de maior impacto ambiental positivo no setor da construção”, comemora o CEO, Bob de Souza. Ele reforça que toda a trajetória da consultoria não é apenas bem-sucedida, como também tem estreita relação com o propósito de inspirar mudanças positivas na construção e na sociedade.

Essa jornada de evolução e inovação está longe do fim. Para se manter à frente do mercado, o CTE está constantemente se aprimorando e desenvolvendo formas mais integradas e eficientes de trabalhar. 

Um dos resultados dessa abordagem é a Plus – Plataforma Única de Sustentabilidade, desenvolvida para viabilizar uma gestão mais inteligente e integrada dos projetos que almejam uma certificação ambiental. 

“A Plus vem para simplificar e dar mais agilidade. Com ela, todos os interlocutores do projeto poderão acompanhar o andamento das atividades, garantindo a governança e a fluidez do processo de certificação”, explica Rafael Lazzarini, diretor da Unidade de Sustentabilidade do CTE.

Descarbonização da construção e saúde de edificações

Em uma área do conhecimento marcada por dinamismo, o futuro indica que novos desafios serão impostos para quem projeta, constrói e gerencia edificações, impactando inevitavelmente os processos de certificação ambiental. 

Um indutor de transformações é a descarbonização da economia, necessária para que a humanidade consiga lidar com os efeitos das mudanças climáticas. Trazer esse debate para a construção civil é imperativo, uma vez que o setor responde por 38% das emissões globais de gases do efeito estufa.

“O Brasil estabeleceu metas de descarbonização para 2030 e 2050. Para atingi-las, é fundamental que toda a cadeia esteja engajada em reduzir emissões de carbono, tanto as associadas aos materiais de construção, quanto as que provém da operação dos edifícios”, destaca Adriana Hansen.

Outro tema que adquire cada vez mais tração é a necessidade de garantir boas condições de saúde e bem-estar aos usuários das edificações. “As pessoas passam a maior parte do seu tempo em ambientes construídos e, cada vez fica mais evidente a relação entre produtividade, saúde e qualidade ambiental”, comenta Rafael Lazzarini.

Atuando para transformar espaços para impactar pessoas e potencializar negócios, o CTE tem sido um agente de transformação em direção a cidades e edifícios mais sustentáveis. “Hoje celebramos a marca de 400 projetos certificados, mas temos múltiplas possibilidades para ir além. A construção civil e o mercado imobiliário estão engajados nesse movimento e podem fazer ainda mais”, conclui Hansen.