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Arquitetura é chave para levar sustentabilidade aos edifícios e às cidades

18 de maio de 2022

A construção de edificações e de cidades mais eficientes e resilientes passa, necessariamente, por um bom projeto baseado em conceitos atuais e nas melhores ferramentas digitais. Há inúmeras estratégias que os arquitetos podem utilizar para a produção de soluções mais alinhadas às demandas dos usuários de hoje e do amanhã. Algumas delas foram abordadas no primeiro workshop da série Diálogos com a Arquitetura, concebida para aproximar o trabalho realizado pelo CTE de arquitetos e paisagistas, apoiando-os no desenvolvimento de projetos mais sustentáveis e inovadores.

 “Criado com o intuito de ser ferramental e objetivo, o workshop buscou dividir o conhecimento que o CTE acumula com seus trabalhos de consultoria, apresentando orientações técnicas, ferramentas, indicadores e métricas pautadas em referenciais técnicos internacionais”, comentou Myriam Tschiptschin, gerente da Unidade Smart Cities do CTE.

Escala do edifício

Com a participação de quase 50 profissionais, o evento realizado em abril, via plataforma online, teve sua programação dividida em duas partes. A primeira delas foi conduzida por Melissa Cacciatori, consultora em conforto ambiental e eficiência energética no CTE. Ela abordou o processo de design integrativo como meio para a produção de fachadas que equilibrem aspectos como desempenho térmico, conforto lumínico e eficiência energética.

A ideia do design integrativo é permitir ao arquiteto, com o apoio das outras disciplinas, trazer as preocupações e as estratégias relacionadas ao desempenho do edifício para as definições iniciais. “Em vez de tratar os componentes de forma estanque, o processo integrado busca uma otimização global, partindo do pressuposto de que um sistema pode influenciar positivamente o outro”, disse Cacciatori. 

Considerar aspectos da operação dos edifícios desde as etapas preliminares do projeto faz todo o sentido quando se constata que, ao longo de sua vida útil, as construções são intensas consumidoras de energia e de recursos naturais, bem como geradoras de resíduos e emissoras de carbono. “Além disso, a cultura atual de tomada de decisão muito orientada a custo inicial tende a mudar à medida que os proprietários estiverem suficientemente informados sobre soluções que garantam menor custo operacional”, salientou a consultora do CTE.

Em uma jornada para o desenvolvimento de projetos mais assertivos, modelagens de energia e simulações de conforto térmico e lumínico são ferramentas que podem agregar muito valor. Mapas de irradiação, por exemplo, podem ser utilizados para apoiar o desenho da fachada, permitindo aos arquitetos chegar à melhor combinação possível entre grau de exposição e de sombreamento, com redução de carga térmica, maximização do aproveitamento da iluminação natural e diminuição de ofuscamentos. 

Ainda há alguns desafios a serem superados para a disseminação mais ampla das tecnologias de simulação. Um deles é a necessidade de haver conhecimento embarcado para produzir uma modelagem eficiente com base em inputs adequados. Contudo, os resultados conquistados pelas avaliações integradas são consistentes. “No estágio inicial de projeto de uma escola, apenas alterando a refletância da pintura interna de 64% para 75% foi possível reduzir em 25% a quantidade de luminárias, sem detrimento do nível de iluminância, economizar em 25% o consumo de iluminação artificial, além de diminuir a despesa com resfriamento”, comentou a consultora do CTE.

Cidades em transformação

Na sequência, Myriam Tschiptschin, gerente da Unidade Smart Cities do CTE, discorreu sobre ferramentas de desenho urbano voltadas para as estratégias de pedestrianismo. Em sua palestra, ela enfatizou práticas que permitem aos projetos de escala urbana endereçar melhor questões relacionadas às transformações sociais, econômicas e ambientais cada vez mais velozes.

Ela explicou que a implementação de estratégias de pedestrianismo passa pela maior diversificação de tipologias e usos de edificações através dos empreendimentos de uso misto. Todas as certificações de cidades inteligentes trazem parâmetros para diversificar usos e encurtar distâncias, viabilizando a caminhada. Algumas, inclusive, especificam quais serviços devem existir em um raio de poucos metros, como escola, mercado e instalações de saúde.

Projeto BIOTiC – Consultoria ESG e Certificação LEED ND​

Com relação à conectividade viária, localidades com morfologia conduzida por usos industriais e portuários comumente são pouco caminháveis em função do tamanho das quadras e de muitos obstáculos a serem percorridos. “Nesses bairros, a saída é priorizar na fruição do pedestre”, destacou a gerente de Smart Cities do CTE, revelando uma série de exemplos bem-sucedidos em cidades como Nova York e San Francisco (EUA) e Melbourne (Austrália).

O conjunto de estratégias de desenho urbano para estimular a mobilidade ativa envolve, ainda, a introdução de elementos para redução da velocidade dos veículos, sinalização, ampliação de calçadas e sombreamento. “Mas não adianta requalificar a calçada se não há requalificação do lote”, alertou Tschiptschin. Entre as práticas recomendadas, nesse sentido, ela destacou a redução de interrupções nas calçadas, a diminuição de recuos e o aumento da quantidade de acessos às edificações.

Ao final de sua apresentação, Myriam Tschiptschin comentou como a tecnologia digital vem apoiando o desenvolvimento de cidades mais dinâmicas e colaborativas. “Há diversas soluções que ilustram isso, a exemplo do Malalai, um aplicativo gratuito que permite às mulheres compartilhar informações georreferenciadas com seus contatos para caminhadas mais seguras”, exemplificou.

Para conhecer mais sobre o trabalho de consultoria desenvolvido pelo CTE tanto para o desenvolvimento de edifícios sustentáveis, quanto para o projeto de smart cities, visite a nossa página na internet e entre em contato

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