fbpx

Conheça algumas estratégias para explorar a energia renovável na operação dos edifícios

11 de abril de 2023

Há vários motivos que explicam o interesse de grandes gestores de empreendimentos por fontes de energia renovável. O desejo de reduzir custos operacionais está sempre presente. Mas há, também, o impulso provocado pelo movimento global de descarbonização da economia, assim como a crescente conscientização dos usuários quanto aos impactos ambientais decorrentes de matrizes energéticas poluentes.

A operação dos edifícios responde por cerca de 27% das emissões globais de gases de efeito estufa. Nesse contexto, falar em edifícios neutros em carbono e em energia (Zero Carbon e Zero Energy) requer elevar a eficiência dos edifícios e ampliar o aproveitamento das fontes de energia renovável. 

Mercado livre x mercado cativo

Atualmente o mercado de energia está dividido em dois ambientes. O mercado cativo é o de contratação regulada, onde estão os consumidores cativos que adquirem energia das concessionárias de distribuição. As tarifas são reguladas pelo governo e cada unidade consumidora paga uma fatura de energia mensal que inclui o serviço de distribuição e a geração da energia. 

Há, também, o ambiente de contratação livre. Nesse modelo, os consumidores compram energia diretamente de geradores ou comercializadores, através de contratos bilaterais com condições livremente negociadas. A principal vantagem desse formato é a possibilidade de o consumidor escolher, entre os diversos tipos de contratos, o que melhor atende suas expectativas de custo e benefício. As empresas que fornecem energia no mercado livre precisam produzir energia de fontes limpas, seja de fonte geotérmica, eólica, biogás, de pequenas hidrelétricas e solar.

Em função da economia proporcionada, muitas empresas, incluindo gestores de ativos, têm migrado para o mercado livre. Em 2004, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), existiam somente 34 agentes de consumo cadastrados no Mercado Livre de Energia. Atualmente já são cerca de 25 mil pontos de consumo no país.

E esse mercado deve crescer ainda mais. Hoje, somente consumidores com demandas acima de 500 kW podem utilizar o mercado livre. A intenção do Ministério de Minas e Energia é abrir essa possibilidade para todos os consumidores alimentados por alta tensão, com demanda acima de 50 kW, a partir de 2024. Outro objetivo é estender esse acesso também aos consumidores de baixa tensão, a partir de 2026 e 2027.

Geração distribuída

Além dos contratos no mercado livre, há alguns outros mecanismos aos quais um gestor de ativos pode recorrer para adquirir energia renovável e atender as exigências das certificações ambientais.

Entre eles está a geração distribuída. Nesse caso, a energia é produzida pelo agente e, posteriormente, é distribuída por consórcios, cooperativas e contratos. Trata-se de uma alternativa para os consumidores que não conseguem acessar o mercado livre por conta da exigência de um consumo mínimo mensal. A geração distribuída permite levar a energia produzida em usinas de energia hídrica, solar, biogás, e biomassa para pequenas e médias empresas, assim como para condomínios. 

Por envolver uma relação entre consumidores do mercado regulado, a geração distribuída exige que a usina e o usuário estejam na área da mesma concessionária. Essa é uma condição para viabilizar a compensação da energia adiantada na conta da unidade consumidora.

Autoprodução de energia

Outra opção que pode ser explorada por grandes consumidores é a autoprodução de energia renovável, que oferece vantagens como descontos nas tarifas de uso do sistema de distribuição, bem como o abatimento/isenção de encargos setoriais.

Há múltiplos modelos de negócio para a autoprodução de energia. O consumidor pode, por exemplo, adquirir participação na usina individualmente ou por meio de um consórcio de empresas. Outro modelo mais sofisticado é a criação de uma sociedade de propósito específico (SPE) de autoprodução, envolvendo troca de ações ordinárias e preferenciais.

Enfim, a energia renovável está cada vez mais acessível a diferentes perfis de consumidores e deve fazer parte das estratégias corporativas de redução de impactos ambientais e de emissões.

A Unidade Operação Sustentável do CTE apoia seus clientes no desenvolvimento de estratégias para adoção de fontes renováveis de energia em todo ciclo de monitoramento desta geração durante a etapa de operação. Trabalhamos para permitir a melhor escolha na implantação e garantir o mais elevado desempenho na operação dos sistemas de geração, sejam locais ou remotos. Entre em contato para falarmos mais a respeito!

    Quer receber as
    melhores dicas? Assine nossa newsletter

    Fique tranquilo, não enviaremos spam.

    keyboard_arrow_up