Em todo o mundo, desafios como as mudanças climáticas e o agravamento das desigualdades sociais pós-pandemia têm mudado o modo de agir de investidores. A ideia que começa a predominar é a de que questões relacionadas ao ESG (Environmental, Social and Governance) afetam, direta ou indiretamente, o retorno e a segurança dos investimentos. 

Esse movimento não é novo. Ainda em 2005, vinte dos maiores investidores institucionais globais reuniram-se para criar os seis Princípios para o Investimento Responsável, lançados oficialmente em 2006 sob a liderança da Iniciativa Financeira do Programa da ONU (Organização das Nações Unidas) para o Meio-Ambiente.

Com a adesão voluntária de mais de 2500 signatários, os Princípios formam um conjunto de diretrizes que oferecem uma gama de ações para incorporar fatores ambientais, sociais e de governança à prática de investimentos. Eles se baseiam no entendimento de que um sistema financeiro global economicamente eficiente e sustentável é absolutamente necessário para a criação de valor no longo prazo.

Quais são os seis Princípios?

1. Incorporar temas ESG às análises de investimento e aos processos de tomada de decisão. Para atender a esse objetivo, os signatários podem apoiar o desenvolvimento de ferramentas, métricas e análises relacionadas ao ESG, por exemplo;
2. Ser pró-ativo e incorporar temas ESG às políticas e práticas de propriedade de ativos;
3. Fazer com que as entidades investidas divulguem suas ações relacionadas aos temas ESG. Nesse ponto, as organizações podem solicitar às empresas que integrem os componentes ESG em seus relatórios financeiros anuais e solicitar relatórios padronizados por meio de ferramentas como a Global Reporting Initiative (GRI).
4. Promover a aceitação e implementação dos Princípios no setor de investimento;
5. Trabalhar unido para ampliar a eficácia na implementação dos Princípios;
6. Divulgar relatórios sobre atividades e progresso da implementação dos Princípios.

Para se tornar signatária do PRI, a organização deve ser proprietária de um ativo, gerente de investimentos ou prestadora de serviços. Exemplos de proprietários de ativos incluem fundos de pensão, fundos soberanos, fundações, doações, empresas de seguros e resseguros.

Compromisso com investimentos de impacto

Cada vez mais difundido, o investimento de impacto é aquele que incorpora fatores ambientais, sociais e de governança nas decisões de investimento e no exercício da propriedade ativa. O investimento responsável complementa a análise financeira tradicional e as técnicas de formação de carteira. 

Por que as tendências apontam para o crescimento desse tipo de investimento? Primeiro porque incluir aspectos ESG na análise e nas decisões de investimento implica em melhor gerenciamento de riscos e na ampliação de retornos. Além disso, os clientes demandam cada vez mais transparência sobre como e onde seu dinheiro é aplicado, seja por uma conscientização de que os fatores ESG influenciam o valor e a reputação da empresa, seja pela preocupação com os impactos ambientais e sociais de seus investimentos. 

Há, ainda, uma questão de regulamentação, que aumentou significativamente após a crise financeira de 2008 e com a percepção dos órgãos reguladores de que o setor financeiro pode desempenhar um papel importante no enfrentamento de desafios globais, das mudanças climáticas à evasão fiscal.

Por meio da Unidade Operação Sustentável, o CTE oferece apoio às companhias interessadas em aderir aos PRI. Também realizamos a gestão sustentável de portfólios imobiliários e desenvolvemos programas completos com estratégias ambientais, sociais e de governança. O foco é em maximizar o desempenho ambiental de todo o portfólio, permitindo a redução de custos operacionais, a melhoria da qualidade de vida dos ocupantes e a valorização dos ativos. Entre em contato para falarmos mais a respeito!