Uma
tendência que tem se firmado nos últimos anos, e que foi intensificada pela
pandemia de Covid-19, é a valorização da biofilia na arquitetura. Estamos
falando de ambientes que favorecem a conexão dos seus usuários com a natureza a
partir de estratégias
de design e utilização de elementos que remetem ao ambiente natural. Você sabe
como o design biofílico pode agregar conforto e produtividade aos escritórios? Mais
além, você já parou para pensar em como ele impacta a operação dos edifícios? O
post de hoje busca responder essas perguntas. Siga conosco e tenha uma
ótima leitura!
CONEXÃO COM A NATUREZA
O conceito
de biofilia começou a se popularizar nos anos 1980 a partir das pesquisas do
norte-americano Edward O. Wilson, professor da Universidade de Harvard. Em seus
trabalhos, ele identificou uma preferência biológica dos seres humanos de se
manterem conectados à natureza e com os espaços verdes.
Desde
então os cientistas buscam mensurar o impacto na saúde das pessoas da vida em
ambientes artificiais. Alguns estudos associam o afastamento do verde a quadros
de estresse, ansiedade, baixa produtividade e pouca criatividade nos seres
humanos.
O
relatório Human Spaces: O impacto global do
design biofílico no local de trabalho, por exemplo, mostrou que as pessoas que trabalham em ambientes com
elementos naturais, essencialmente vegetação e luz solar, apresentam níveis de
bem-estar até 15% superiores do que aqueles que trabalham em ambientes
completamente desconectados da natureza. Segundo o mesmo estudo, pessoas
expostas a elementos da natureza têm níveis de produtividade (6%) e de criatividade
(15%) maiores.
Dados como
esses fizeram crescer o interesse de grandes empresas, especialmente as de
tecnologia, pelo design biofílico na formatação de seus escritórios. Além
disso, certificações ambientais focadas na saúde e no bem-estar dos usuários, a
exemplo da Well e da Fitwel, já contemplam princípios da biofilia em seus
quesitos de avaliação.
ALÉM DO VERDE
Diferente
do que muitos pensam, o design biofílico não se baseia na mera introdução de
vegetação nos ambientes. Ele prevê, também, a preferência por revestimentos
naturais (madeiras, rochas, fibras), o uso de cores suaves, a valorização de
formas orgânicas substituindo padrões quadrados com arestas ou cantos, e a
oferta de vistas amplas para o exterior.
Dois
aspectos devem ser trabalhados quando a preocupação é prover ambientes
alinhados aos princípios da biofilia: o aproveitamento da luz natural e a
garantia da qualidade do ar inteiror.
Uma
diretriz importante é permitir que os usuários tenham noção das condições
climáticas externas, reforçando a conexão com o exterior. Nesse ponto, uma
prática recomendada, especialmente para escritórios de alto desempenho, é a
utilização de sistemas de iluminação circadiana que mudam ao longo do dia,
refletindo o movimento natural do sol durante o dia.
O escritório do CTE, em São Paulo, foi projetado incorporando princípios da biofilia. Isso é notável, por exemplo, nos terraços, que além de funcionar como áreas de descompressão, permitem a realização de pequenas reuniões ao ar livre.
Outro projeto que aproxima os interiores da natureza é o escritório da farmacêutica Sanofi, também em São Paulo. Clique aqui se quiser saber mais sobre esse case.
EQUILÍBRIO E EFICIÊNCIA
A gestão
de facilidades possui papel decisivo na garantia do sucesso de projetos de
design biofílico. Entre os desafios a serem superados na rotina de operação dos
edifícios está a necessidade de compatibilizar o aproveitamento da luz natural
com as questões de eficiência energética, especialmente em países tropicais.
É
importante, também assegurar ótima qualidade de ar interno. Para isso, uma
estratégia interessante é se valer de tecnologias digitais para monitoramento
dos níveis internos de poluentes e de dióxido de carbono (CO2).
A
introdução de jardins verticais é outra prática recorrente para levar vegetação
para dentro dos escritórios, especialmente naqueles com limitação de espaço.
Mas uma prática salutar, pensando tanto na redução do custo de manutenção,
quanto na sustentabilidade, é dar preferência a espécies de fácil adaptação,
com pouca exigência de poda e água.
O CTE atua na avaliação e na
proposição de estratégias para melhoria do conforto ambiental das edificações,
com soluções de arquitetura bioclimática e de sistemas prediais a partir de
análises paramétricas e simulações computacionais. Agregamos valor ao projeto
assegurando a efetividade das soluções para um ambiente mais saudável e
produtivo para os ocupantes. Entre em contato conosco para
conversarmos mais!
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