Há 29 anos no CTE, Márcia Menezes é arquiteta e urbanista formada pela FAU-USP, mestre
em engenharia de produção pela Poli-USP. Atualmente na direção da Unidade de
Inovação & Tecnologia, ela compartilha um pouco sobre sua evolução
profissional nessa entrevista. Você verá uma trajetória que combina apreço pelo
conhecimento, sensibilidade para compreender as necessidades das empresas, e
uma boa dose de inquietude. Confira!
Conte-nos um pouco sobre o início de sua
carreira. O que te levou à arquitetura?
Quando estava no colégio, fiz
um teste vocacional que me recomendou seguir carreira na
engenharia ou na arquitetura. Ainda nessa época, fiz curso de auxiliar técnico em edificações. Foi quando
comecei a me interessar por esse universo de plantas e projetos. Eu me formei
na FAU-USP, mas sempre tive uma veia muito matemática e lógica. No terceiro
ano, comecei a estagiar no IPT, na área de avaliação de sistemas construtivos.
Como o CTE entrou na sua vida?
Eu me formei em 1990, mesmo ano em que o CTE começou a ser
criado. Foi uma época complicada porque havia o
Plano Collor e ninguém tinha dinheiro para nada. Em 1991, o CTE iniciou um
projeto grande de avaliação de sistemas construtivos para a prefeitura de
Cubatão. Foi quando fui convidada para integrar a equipe, em um contrato de meio período.
Ao longo dessas quase três décadas
muita coisa deve ter acontecido…
Sim! No começo a gente trabalhava com
desempenho de sistemas construtivos. Depois começamos a atuar com gestão da qualidade e com gerenciamento. Ao longo
dos anos, fomos desenvolvendo produtos e
soluções. O CTE foi se fortalecendo e
suas áreas foram se consolidando.
Como você evoluiu nesses anos nos âmbitos
pessoal e profissional?
Nesse período eu me casei, tive uma
filha que já tem 18 anos e está fazendo faculdade de arquitetura. Para me
adaptar às demandas do mercado, fui realizando cursos de especialização em qualidade, mestrado em
engenharia de produção, além de MBA em gestão de projetos e gestão ambiental,
entre outros cursos.
Como você enxerga o CTE hoje?
Uma coisa que sempre esteve na
nossa pauta foi a necessidade de mudar e melhorar o setor. Também temos uma questão de excelência. Somos
muito exigentes com a gente mesmo e é isso que o
mercado espera. Aliás, o mercado nos vê de um jeito muito singular, como uma
empresa que combina a solidez do conhecimento acadêmico, com uma visão de
mercado. Conseguimos ser ágeis nas respostas e compreender
o que as empresas precisam.
“O mercado nos vê de um jeito muito singular, como uma empresa que combina a solidez do conhecimento acadêmico, com uma visão de mercado”.
Ao longo dos anos você trabalhou em quase todas as áreas do
CTE, não é
mesmo?
Toda vez que
surge um projeto diferente, que não se encaixa
em nenhuma área já estabelecida do CTE, ele cai na minha mão. Talvez seja
porque eu tenha uma visão mais ampla e multidisciplinar. Talvez seja porque eu
gosto de sair do meu quadrado e de me arriscar. É bastante desafiador
desenvolver um projeto que explore produtos que ainda não existem. Mas, ao mesmo tempo, é bastante estimulante.
Sobre quais temas você tem se dedicado com
mais ênfase no momento?
Há dois anos criamos a Unidade de Inovação & Tecnologia que tem se dedicado bastante às tecnologias
construtivas e ao desenvolvimento de produtos ligados à gestão da inovação.
Também estamos trabalhando com um assunto
bastante quente, o ESG (environmental, social and corporate governance).
O que te dá mais satisfação nesse trabalho?
Com certeza a melhor parte é
ajudar as empresas a se tornarem mais eficientes, a serem mais sustentáveis e a obterem melhores resultados. Notamos as construtoras
melhorando e isso nos dá uma satisfação muito
grande. Somos mais ou menos como um médico que
ajuda a tratar as pessoas, sabe? Também é
muito positivo interagir com tanta gente, com
realidades diferentes. Criamos amizades e
crescemos muito com isso. Por fim, o CTE nos dá a oportunidade de estar sempre
trabalhando com assuntos novos. Não há espaço para tédio.
“Com certeza a melhor parte é ajudar as empresas a se tornarem mais eficientes, a serem mais sustentáveis e a obterem melhores resultados. Notamos as empresas melhorando e isso nos dá uma satisfação muito grande”.
Quais são as maiores dificuldades no dia a
dia?
Um consultor
precisa estabelecer uma relação de confiança
com cliente. Novamente, há uma similaridade
com a relação entre médico e paciente. Além
disso, temos que estudar e nos atualizar o tempo inteiro. Mas o maior desafio
talvez seja a necessidade de se reinventar constantemente porque as necessidades das empresas mudam e temos que
buscar novos meios de agregar valor aos nossos clientes.
Que conselhos você pode dar para o profissional que está em início de
carreira?
Uma empresa como o CTE é um jardim de oportunidades. Você pode entrar como estagiário e sair como diretor. Só que, para isso, as pessoas precisam se desenvolver e estudar muito. Não dá para ficar estagnado. Até porque o que vendemos é justamente o nosso conhecimento.
Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência possível ao usuário. As informações sobre cookies são armazenadas no seu navegador e desempenham funções como reconhecê-lo quando você retornar ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você acha mais interessantes e úteis.
Cookies Estritamente Necessários
O cookie estritamente necessário deve estar ativado o tempo todo, para que possamos salvar suas preferências nas configurações de cookies.
Se você desativar este cookie, não poderemos salvar suas preferências. Isso significa que toda vez que você visitar este site, precisará ativar ou desativar os cookies novamente.