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Sustentabilidade

Torres residenciais do Parque Global são certificadas com o AQUA-HQE

Projeto

O Parque Global é repleto de números impactantes. Em construção em um grande vazio urbano de 218 mil m² no eixo da Marginal do Rio Pinheiros, em São Paulo, o empreendimento conta com um residencial com cinco torres de 47 pavimentos cada, um shopping com 60 mil m² de área bruta locável e um Complexo de Inovação, Saúde e Educação que abrigará o primeiro Câncer Center do Hospital Albert Einstein, além de uma universidade, hotel, centro médico e mais uma torre residencial com 53 andares. 

O megaempreendimento vem buscando uma série de certificações ambientais para atestar sua sustentabilidade. Entre elas, LEED for Cities & Communities para o bairro, AQUA-HQE nos residenciais, LEED nos corporativos e comerciais e Fitwel, voltado à saúde e o bem-estar dos ocupantes, em todas as edificações. Para as torres residenciais, chamadas Residências Internacionais, a conquista mais recente do empreendimento da Benx Incorporadora, em parceria com a Related Brasil, foi o selo AQUA-HQE para a etapa de projeto. O próximo passo é a certificação da etapa de conclusão de obras que será obtida conforme entrega faseada das torres.

“Atualmente, é inaceitável desenvolver um empreendimento desse porte sem pensar em sustentabilidade. É um valor agregado ao produto imobiliário que se converte em benefício para o usuário e para a cidade”, explica Ana Paula Dominguez da Costa, gerente de meio ambiente, sustentabilidade e ESG na Benx. Ela ressalta que todas as ações de negócio tomadas no Parque Global são baseadas em cinco pilares: desempenho ambiental, garantia de melhor experiência ao usuário, impacto positivo na sociedade, resiliência climática e gestão com excelência.

 

Reabilitação de área degradada

A jornada para atestar a qualidade ambiental dos residenciais que compõem o Parque Global começou em 2014, quando foi obtida a primeira certificação para a etapa de pré-projeto. Depois disso, o empreendimento ficou cinco anos parado por conta de imbróglios jurídicos. Em 2019, com a retomada dos trabalhos, a Benx colocou a validação de suas práticas de sustentabilidade entre suas prioridades.

No caso do AQUA-HQE, múltiplas estratégias colaboraram para a conquista do reconhecimento. A mais impactante decorre do local de implantação do complexo, em um terreno degradado, que servia como bota-fora da dragagem do rio Pinheiros. “A ocupação dessas áreas urbanas após o processo de remediação, é uma atitude por si só sustentável. Com isso, otimizamos o uso da infraestrutura existente e evitamos ocupar cinturões verdes no entorno da cidade”, comenta Ana Paula Costa.

Outra ação que favoreceu a certificação foi a disponibilidade de farta área verde, com destaque para o paisagismo concebido por Ricardo Cardim baseado no resgate de espécies nativas da Mata Atlântica, e para a integração ecossistêmica com todos os fragmentos vegetais do entorno, incluindo o Parque Burle Marx e o Parque Linear Bruno Covas. Este último tem implantação e administração realizadas por um consórcio de empresas, entre as quais está o Parque Global.

 

Eficiência e conforto aos usuários

Diferente de outros processos de certificação, o AQUA-HQE exige a realização de auditorias presenciais ao longo do desenvolvimento do projeto e da obra para comprovar o atendimento aos requisitos de sustentabilidade. 

O processo contempla 14 categorias, cada uma delas com requisitos que visam estabelecer parâmetros e avaliar o desempenho do edifício.

A certificação aborda desde a relação da edificação com o entorno, aos processos construtivos, passando pela eficiência no consumo de água e energia. “Também há muita atenção às etapas de uso e operação do edifício, com requisitos voltados à manutenção e à gestão dos resíduos”, revela Camila Orlando, consultora da Unidade Sustentabilidade do CTE.

Em especial com relação ao conforto do usuário, as exigências do AQUA-HQE recaem sobre o desempenho acústico, visual, térmico e olfativo.  No caso do Parque Global, para atender aos requisitos exigidos, foram realizados diversos estudos de acústica, especialmente para evitar a entrada de ruídos externos, vindos da Marginal do Rio Pinheiros. Também foram utilizados caixilhos especiais de desempenho acústico superior.

Além disso, foram feitas simulações para garantir que as torres, que são bastante altas, não gerassem sombreamento em locais indesejáveis, como nas áreas externas de lazer.

A opção por sistemas construtivos industrializados, com destaque para os painéis de fachada pré-fabricados, também ajudou a obtenção do selo de sustentabilidade. Essa tecnologia é bem avaliada pelo organismo certificador por gerar menos resíduo em obra, garantir melhores condições de trabalho no canteiro, além de proporcionar mais qualidade e uniformidade construtiva.

Camila Orlando, do CTE, ressalta, ainda, outras estratégias ambientais interessantes incorporadas aos edifícios residenciais do Parque Global. Entre elas, o controle da qualidade da água, a instalação de placas solares para aquecimento da água, a previsão de um depósito de resíduos qualificado e a captação pluvial (diminuindo a demanda de água potável para irrigação dos jardins), além da instalação de placas fotovoltaicas na cobertura para geração de energia.

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