Em todo o mundo, comunidades e bairros planejados, desenvolvidos e operados em alinhamento aos requisitos de certificações de sustentabilidade têm gerado impactos positivos, preservando recursos naturais e promovendo mais qualidade de vida para as pessoas.
Só pelo processo LEED for Cities & Communities, criado pelo USGBC (United States Green Building Council), são mais de 300 projetos que têm suas boas práticas nas esferas social, econômica e ambiental reconhecidas.
Alguns desses empreendimentos foram apresentados durante a Climate Week NYC, realizada em setembro. O evento anual envolve uma série de atividades, reunindo líderes empresariais, gestores políticos e ativistas para discutir e impulsionar soluções para a crise climática.
Um dos painéis que integrou a programação da Semana focou o desenvolvimento de comunidades regenerativas, aquelas localidades que, mais do que sustentáveis, promovem a restauração de recursos naturais e de ecossistemas.
Com mediação de Julie Pietrzak, da Thornton Tomasetti, o evento contou com a apresentação de experiências bem-sucedidas na Guatemala, nos Estados Unidos e na Espanha. O painel contou, também, com palestra de Giovanna Piesco, consultora de projetos da Unidade Smart Cities do CTE, sobre o Parque Global. O complexo da Benx Incorporadora em parceria com a Related Brasil, está em processo de certificação LEED for Communities.
Estratégias regenerativas incorporadas ao Parque Global
Com volume geral de vendas de 12 bilhões de reais, o Parque Global é, no momento, o maior projeto imobiliário em desenvolvimento na América Latina.
Atualmente em construção na zona sul de São Paulo, o empreendimento é composto por cinco torres residenciais com 47 pavimentos cada. Ele inclui, também, um shopping com 60 mil m² de área bruta locável, e um complexo de inovação, saúde e educação que contará com unidade do Hospital Albert Einstein, universidade, hotel, hub de inovação corporativa e uma torre long stay.
Um dos aspectos mais positivos deste megaempreendimento é a implantação em um grande vazio urbano de 218 mil m² no eixo da Marginal do Rio Pinheiros. “A área passou por um processo de remediação após passar anos sendo subutilizada e degradada, com rejeitos do rio Pinheiros”, disse Piesco. Ela explicou que a recuperação desse tipo de terreno é, por si só, uma atitude sustentável, seja porque permite otimizar o uso da infraestrutura existente, seja porque evita a ocupação de áreas verdes no entorno da cidade.
O Parque Global se sobressai, ainda, por seu projeto de paisagismo que resgata espécies nativas da Mata Atlântica, bem como por estabelecer uma relação positiva com o rio e com o Parque linear Bruno Covas. Este último vem sendo gerido por um consórcio de empresas, entre as quais se inclui o Parque Global.
Outras estratégias incorporadas ao projeto, e que somam pontos para a certificação LEED, são o estímulo aos modais ativos e a preocupação com a saúde dos usuários. Para favorecer a caminhabilidade, por exemplo, o Parque Global terá calçadas com pelo menos 40% de sombreamento por vegetação. Também haverá monitoramento da qualidade do ar no bairro, assim como a instalação de bebedouros e de equipamentos para estimular a prática de atividade física dos usuários.
Outro pré-requisito da certificação LEED Cities & Communities é atender ao limite de emissões de gases do efeito estufa de até 9,5 toneladas/ano. Graças ao conjunto de estratégias adotadas, a expectativa é a de que o Parque Global tenha taxa de emissão muito inferior, de apenas 3,4 toneladas/ano.
O CTE vem acompanhando todas as etapas de desenvolvimento do Parque Global, prestando uma série de serviços. Entre eles, a consultoria para a obtenção de certificações de sustentabilidade para os edifícios (LEED, AQUA-HQE, Fitwel) e para o bairro (LEED for Cities & Communities). Entre em contato para falarmos mais sobre essas e outras certificações ambientais.
