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Certificação LEED

Sede da AYA, em São Paulo, conquista certificação LEED Platinum de interiores

Projeto

Criada com a missão de acelerar negócios de baixo carbono no Brasil, a AYA Earth Partners desenvolveu um ecossistema composto por empresas comprometidas com a jornada de descarbonização. O hub ocupa três andares e o rooftop da torre Rio Claro Offices, na região da avenida Paulista. O prédio é parte da Cidade Matarazzo, complexo que combina a natureza com as conveniências e luxos da vida moderna, oferecendo experiências únicas de cultura, longevidade, hospitalidade, gastronomia, moda e beleza. 

Para uma empresa voltada à economia verde, era mais do que natural que sua sede refletisse valores voltados à regeneração, eficiência no uso de recursos naturais e promoção do bem-estar dos usuários. Por isso, desde o início do projeto, com assinatura do arquiteto francês Rudy Ricciotti, havia o desejo de obter uma certificação de sustentabilidade.

O interesse se converteu em um combo de estratégias de sustentabilidade que, somadas, culminaram na conquista do selo LEED ID+C V4, voltado aos interiores comerciais. A certificação, que contou com consultoria do CTE, foi obtida no nível Platinum, o mais alto possível.

 

Água e localização

O fato de o espaço ter nascido com o olhar para a sustentabilidade contribuiu para que o processo de certificação fosse tão bem-sucedido. Em vários requisitos do LEED, o escritório obteve desempenho máximo. 

No capítulo água, por exemplo, foram conquistados todos os pontos disponíveis, sendo registrada redução no consumo de 83,98%. Contribuíram para esse índice a instalação de metais sanitários economizadores e a construção de uma central, que aproveita a água das chuvas para irrigação e descargas dos banheiros.

O projeto também apresentou alta performance com relação à localização e transporte, somando 17 dos 18 pontos possíveis. Isso foi viável graças à ampla oferta de serviços de uso público no entorno, ao acesso ao transporte coletivo de qualidade, à inserção de bicicletário para os usuários e à redução da quantidade de vagas de estacionamento como incentivo ao uso de outros modos de transporte, reduzindo emissões de CO₂.

 

Energia e qualidade ambiental

A sede da AYA se destaca, ainda, com relação ao desempenho energético. A simulação realizada pelo CTE mensurou 32,9% de redução de consumo de energia, em comparação a um projeto baseline.

Ao menos três ações foram importantes para proporcionar tal grau de eficiência. A primeira delas foi a instalação de brises nas fachadas, que contribuem para a redução de carga térmica. Moldados em concreto reforçado com fibras, esses elementos de sombreamento remetem a cipós e suportam vegetação natural, fazendo com que o edifício estabeleça um diálogo com a natureza. 

Também colaborou a instalação de um sistema de ar condicionado centralizado de alta performance. “Essa tecnologia, associada à medição de energia avançada e individualizada, à redução de potência de iluminação e às características da arquitetura eficiente, permitiu ao escritório da AYA gabaritar no item eficiência energética”, explica Leandro Gomes Silva, consultor de certificações na unidade de Sustentabilidade do CTE.

Assim como a eficiência, a qualidade do ambiente interno foi um aspecto bastante trabalhado no projeto da AYA. No decorrer do processo de certificação, pontos foram obtidos em função de medidas como o aumento da entrada de ar externo e a instalação de sensores de CO₂. “Outro aspecto positivo é a conexão dos interiores com o exterior, seja para aproveitamento de luz natural, seja para permitir vistas de qualidade, especialmente para o remanescente de Mata Atlântica no terreno da Cidade Matarazzo”, continua Silva.

 

Economia circular

Acompanhando as melhores práticas de sustentabilidade, o projeto previu a realização de um estudo de análise de ciclo de vida (ACV). O trabalho, também conduzido pelo CTE, permitiu identificar os impactos positivos proporcionados por decisões alinhadas com os princípios da economia circular. Destaque para a compra de itens de mobiliário assinados por designers brasileiros, obtidos em leilões. Outro ponto interessante foi a preferência dada à especificação e compra de materiais de baixo impacto ambiental, atóxicos, regionais e acompanhados de Declarações Ambientais de Produto (EPDs).

Durante a obra — período também avaliado pela certificação LEED ID+C — foi implantado um plano de construção para garantir padrões adequados de limpeza e salubridade. Também foi realizado um rigoroso plano de gestão dos resíduos, permitindo que 100% dos resíduos da obra fossem destinados para reciclagem ou reuso.

 

Educação ambiental

Além de conectar o espaço físico com a sustentabilidade, a certificação LEED agregou outros benefícios à AYA. A começar pela credibilidade fornecida por uma verificação de terceira parte atestando que projeto e obra minimizaram impactos ambientais. 

“A certificação também ajuda a comunicar e a tangibilizar a sustentabilidade para os nossos membros”, comenta Eduardo Aranibar, CEO AYA. Ele reforça que o selo possui um viés educativo ao evidenciar, de forma mais concreta, como é possível reduzir a pegada de carbono dos edifícios. A AYA, inclusive, disponibiliza aos usuários do escritório um guia para explicar os atributos de sustentabilidade incorporados ao espaço.

Na avaliação de Aranibar, todo o processo para a conquista da certificação foi bastante rico. “Também colaborou o fato de contarmos com o apoio de profissionais e consultorias especializadas, que agregaram inteligência, conhecimento e pragmatismo em busca das melhores estratégias e soluções para o projeto”, concluiu o executivo.

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