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Laboratório

L’Oréal Brasil

Projeto

Centro de Pesquisa & Inovação da L’Oréal Brasil conquista LEED Platinum

Situado na Ilha de Bom Jesus, ao lado do Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o Centro de Pesquisa & Inovação da L’Oréal Brasil opera com base em uma série de premissas de sustentabilidade e que culminaram na obtenção do selo LEED (Leadership in Energy and Environmental Design). Trata-se do primeiro edifício da cidade, assim como o primeiro laboratório de pesquisa no Brasil, a conquistar a certificação na tipologia Operações e Manutenção na categoria Platinum.

Alinhadas aos valores do programa de sustentabilidade da companhia, as ações tiveram o apoio da consultoria do CTE. Para obter o selo verde, o empreendimento foi avaliado em cinco requisitos: eficiência energética, uso racional de água, gestão de resíduos, transporte e emissões, e experiência humana.

“A sustentabilidade é uma prioridade estratégica para a L’Oréal. Nossa ambição deve refletir esse valor até dentro da nossa infraestrutura, que precisa ser um exemplo para nossa sociedade”, diz Maya Colombani, diretora de sustentabilidade da empresa no Brasil.

 

Eficiência energética e autogeração

No centro de pesquisa com 16.235 m² construídos, as práticas buscaram minimizar o impacto do edifício no local, garantir máxima eficiência energética e assegurar uma experiência confortável e estimulante para os colaboradores.

Uma contribuição importante foi o design criado por Perkins & Willl + RAF e que buscou estabelecer uma ligação harmoniosa entre o edifício de dois andares e a natureza, com uma arquitetura que se conforma à paisagem.

Ao evitar a incidência direta dos raios solares, a fachada principal de vidro com inclinação negativa também colaborou para maximizar a entrada de luz natural sem gerar ganho térmico significativo.

Em empreendimentos que almejam a certificação LEED, uma preocupação comum é garantir o maior aproveitamento possível de matriz energética limpa, capaz de reduzir as emissões de CO₂. Nas instalações da L’Oréal, cerca de 15% da energia consumida é produzida em quase 1200 painéis solares distribuídos por uma área de 2400 m² na cobertura do edifício. O restante da energia que o edifício demanda é obtido a partir de fonte eólica, fruto de uma parceria entre a fabricante de cosméticos e uma geradora privada de energia.

 

Eficiência Hídrica

Além da energia, a água foi outro ponto de atenção no processo de certificação na L’Oréal, no Rio de Janeiro. Boas práticas de gestão hídrica foram empregadas, como a inserção de dispositivos economizadores (bacias com caixa acoplada e torneiras com acionamento por sensor de presença, por exemplo).

Além disso, toda a parte de utilidades e equipamentos anexos são conectados a um sistema de automação, que monitora os indicadores de consumo por áreas, prevenindo e identificando mais rapidamente eventuais vazamentos ou falhas de operação.

Mas a ação mais inovadora visando reduzir o consumo de água foi a execução dos jardins filtrantes, constituídos por espécies da flora regional. Além de formar um elemento paisagístico, o sistema permite que todo efluente gerado, seja da operação do laboratório, seja da captação de água de chuva, possa ser recondicionado, transformando-se em água de reuso para irrigação, sistema de incêndio e sanitários.

O tratamento é todo feito de forma subterrânea pela raiz das plantas, que são ricas em micro-organismos e aproveitam os compostos presentes no efluente em seu metabolismo natural. Desenvolvido em parceria com a Phytorestore, o sistema opera de maneira fechada, sem qualquer ligação com rede de esgoto municipal. Graças a ele, o centro de pesquisa obteve um percentual de economia em consumo de água em torno de 40%.

 

Experiência humana

Além de utilizar os recursos naturais de maneira responsável e reduzir os impactos em consumos e gerações, um edifício classificado como sustentável também deve garantir ambientes saudáveis e confortáveis a seus usuários.

No caso do centro de pesquisas da L’Oréal, isso foi conquistado a partir de um conjunto de medidas que incluiu a eliminação de equipamentos movidos a combustíveis fósseis e a preferência por produtos de limpeza sem compostos que agridem o meio ambiente.

Com equipamentos classificados no grupo A do Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica), o sistema de climatização do edifício opera a partir de uma central de água gelada com chillers a ar. As temperaturas em cada área são monitoradas por sensores que replicam a informação no sistema de automação, assim como o status de toda operação.

A qualidade do ar interno é assegurada pelo monitoramento constante e pela substituição preventiva dos filtros das casas de máquinas para evitar a concentração de particulados e impurezas no ar insuflado.

Impacto positivo

Outra prática sustentável adotada pela L’Oréal Brasil em seu Centro de Pesquisa e Inovação é o desenvolvimento de comunidades locais. As obras previram, por exemplo, o emprego e a capacitação de mão-de-obra vinda de regiões e comunidades vizinhas.

O empreendimento se destaca, ainda, pela gestão responsável de todo o resíduo que é gerado na operação. O trabalho começa na segregação dos materiais dentro de uma central de resíduos interna e termina com a disposição final, com prioridade à compostagem, reciclagem e coprocessamento.

 

Sobre a L´Oréal Brasil

Centenária, a L’Oréal possui um portfólio internacional de produtos de beleza com 36 marcas e presença em 150 países. Com 88 mil colaboradores em todo o mundo, o Grupo gerou, em 2019, vendas de 29,87 bilhões de euros.

Em 2013, a companhia lançou o seu compromisso de responsabilidade ambiental e social batizado “Sharing Beauty with All”. No Brasil, essa iniciativa se apoia em um tripé formado por combate às mudanças climáticas, transformação da cadeia de valor e promoção do protagonismo social.

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