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Sustentabilidade

Estádio Mineirão conquista Selo Platinum

Projeto

Estádio “Mineirão” foi o primeiro e único estádio do Brasil a conquistar o selo
Platinum, nível máximo da certificação LEED®

O Estádio Governador Magalhães Pinto, popularmente conhecido como “Mineirão”, foi inaugurado em 1965. Em 2003, foi tombado pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte.
Com a definição de que o Brasil seria sede da Copa do Mundo de 2014, em 2009, o estádio passou por diversas melhorias de espaço e infra-estrutura com o intuito de atender as exigências da FIFA.

A Unidade de Sustentabilidade CTE, ofereceu os serviços de Consultoria de Certificação LEED® Building Design and Constructionn, tornando o Estádio o primeiro e único estádio do Brasil a conquistar o selo Platinum, nível máximo da certificação LEED® (Leadership in Energy and Environmental Design) no Brasil.

O Projeto

O estádio com cerca de 51.000 m² de área construída contou com consultoria green building do CTE – Centro de Tecnologia de Edificações, que participou desde o início da fase do projeto de reforma e modelagem sustentável do estádio até a entrega das obras, atuando diretamente com os empreendedores, projetistas e construtora para a conquista da certificação LEED.

A Minas Arena foi a empresa responsável pela execução das obras de reforma e modernização do Mineirão, por meio do contrato de parceria público-privada (PPP) firmado com o Governo do Estado de Minas Gerais. Constituída pelas construtoras Construcap, Egesa e HAP Engenharia, a Minas Arena tem o direito de explorar a comercialização do estádio e estruturas coligadas por 25 anos, sendo obrigada a cumprir metas de qualidade operacional e de gestão.

A Certificação

Concedida pelo USGBC (United States Green Building Council), a certificação LEED for New Construction do Mineirão avalia e reconhece soluções e tecnologias sustentáveis adotadas no processo de construção para reduzir os impactos causados no meio ambiente durante toda a vida útil da edificação. Além disso, garante uma gestão consistente do empreendimento, embasada em políticas e processos de manutenção de equipamentos, na gestão de energia, água, resíduos e serviços, como, por exemplo, limpeza e o paisagismo. O objetivo final é maximizar a eficiência operacional e minimizar os impactos ambientais.

Resultado do Projeto

Com a certificação, o Mineirão passou a ser reconhecido pela sua alta performance ambiental.
Entre os destaques, estão: redução de 43% do custo operacional com consumo de energia, diminuição de 76% no consumo de água potável, com a demanda de bacias e mictórios sendo abastecida com água de reuso, e 100% de economia de água potável para irrigação nas áreas de paisagismo.

 

Diferenciais Sustentáveis do Mineirão:

Terreno sustentável

  • Criação do Plano de Prevenção à Poluição da Obra com o objetivo de entender os riscos ambientais envolvidos para atuar com mais eficiência. São exemplos dos controles adotados as cercas filtrantes perimetrais e bacias de sedimentação, aspersão contínua de água para redução da poeira nas vias de tráfego, prevenção e controle de erosão e sedimentação, controle de contaminação de solo e água, etc.
  • Implantação de cinco sistemas de lava rodas durante a construção, prevendo o reuso da água, possibilitando redução do consumo de água e economia para a obra.
  • A área de estacionamento existente deu lugar à esplanada, que pode ser usufruída pela população mesmo em dias sem eventos.
  • Vagas de estacionamento foram destinadas a veículos de baixa emissão e baixo consumo a fim de incentivar e conscientizar quanto ao uso desses veículos.
  • Mais da metade das vagas de estacionamento disponíveis foram alocadas nos subsolos.
  • O sistema de captação de água de chuva é capaz de reter um grande volume de água, aliviando o sistema público de drenagem e permitindo uma reserva de água considerável para uso no próprio estádio.
  • A membrana que cobre o Estádio foi feita com material de cor clara e alta reflexão solar e a cobertura de concreto existente serve de base para a instalação dos painéis fotovoltaicos que geram energia.

Uso racional de água

  • Redução de 100% do uso de água potável para mictórios e bacias sanitárias.
  • Adotaram-se dispositivos economizadores, como válvulas de descarga dual-flush, mictórios com vazão reduzida, além da utilização de águas não potáveis para abastecimento de bacias e mictórios. A redução do uso de água potável é de 76%.
  • O projeto de paisagismo do Estádio foi desenvolvido com espécies nativas e adaptadas a fim de que não haja necessidade de irrigação dessas áreas, reduzindo o consumo de água.

Energia e atmosfera

  • Redução total no custo anual de energia de 43.73% comparado com o modelo de
    referência.
  • Instalação de sistema VRF com condensação a ar nas bilheterias, delegacia e posto médico apresentando redução de consumo energético com ar condicionado, devido à significativa redução na operação dos ventiladores. Instalação de centrais de água gelada de alta performance para os demais ambientes condicionados do estádio, museu do esporte e lojas.
  • Utilização de sistema de iluminação eficiente, reduzindo em cerca de 30% o consumo de energia com iluminação.
  • Instalação de usina fotovoltaica de 1,42MWp, fruto do convênio entre a CEMIG e o Mineirão.

Materiais e recursos

  • Foi mantida a maior parte da estrutura existente (fachadas, vigas, lajes e pilares), evitando o envio de materiais para aterros e a utilização desnecessária de recursos, resultando num aumento da vida útil do edifício existente.
  • Todos os materiais provenientes da desmontagem do estágio antes da demolição, como luminárias, gradil, cadeiras e até mesmo a grama do campo, forma doados para aproveitamento em outros edifícios públicos.
  • A quantidade (em volume) de resíduos desviados de aterros, durante a demolição e construção do estádio, foi de 79,44%, excluindo-se resíduos perigosos e solo.
  • 12,96% (em massa) do custo total de materiais incorporados ao Estádio possuem conteúdo reciclado em sua composição .
  • Aproximadamente 49% do custo de materiais utilizados foram provenientes de
    materiais fabricados e extraídos dentro de um raio de 800 km.

Qualidade do ambiente interno

  • Proibição do fumo dentro da edificação e em até 8 metros de seus acessos, garantindo a qualidade do ar no ambiente.
  • Foi desenvolvido um plano de controle da qualidade do ar interno durante a construção, com o objetivo de reduzir as fontes de emissão de poluentes atmosféricos e promover o conforto e bem-estar dos trabalhadores e usuários do Estádio.
  • Com o objetivo de reduzir a quantidade de contaminantes do ar interno, que provoquem odor, irritação ou redução de conforto e bem-estar de trabalhadores e ocupantes das edificações, todas as tintas, revestimentos, adesivos e selantes utilizados no interior do prédio obedeceram aos limites de compostos orgânicos voláteis estabelecidos por normas reverenciadas pelo órgão certificador.
  • Foram utilizadas tecnologias inovadoras durante a obra para atividades de limpeza, reduzindo o material particulado nestes ambientes.
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