Planejamento e controle de prazos ajudam construtora a superar desafios na construção de empreendimento de alto padrão
Recém-concluído em área nobre da capital paulista, o Groenlândia 77 é um empreendimento de alto padrão da construtora Lindenberg, composto por duas torres com térreo mais sete pavimentos.
O residencial, implantado em um terreno de quase três mil metros quadrados próximo ao Parque do Ibirapuera, foi construído ao longo de 24 meses, superando uma série de desafios de diferentes naturezas.
Era preciso garantir, por exemplo, que a obra transcorresse com o mínimo de impacto no entorno densamente ocupado, especialmente no hotel vizinho. Também era necessário vencer obstáculos técnicos diversos e dificuldades do mercado às quais todas as construtoras estão sujeitas, com destaque para a escassez de mão de obra operacional qualificada.
Todo esse cenário impactou, naturalmente, a produtividade e o cronograma da obra, tornando ainda mais importante o planejamento e o monitoramento de prazos.
Planejamento a quatro mãos
Para desenvolver um planejamento consistente para o Groenlândia 77, a Lindenberg contou com o suporte do CTE, consultoria com quem possui um relacionamento de mais de uma década. Ao longo desses anos, essa sólida parceria culminou em diversos planejamentos para projetos de diferentes tipologias que empregaram variados sistemas construtivos.
Com foco em prazos, o trabalho começou com reuniões de alinhamento para definir as premissas do planejamento, incluindo definições sobre o layout de canteiro, macrofluxos de serviços e plano de ataque. Os projetos foram cuidadosamente estudados. Também foram analisados todos os gargalos e atalhos visando, sempre, a otimização.
O trabalho conduzido “a quatro mãos” é, aliás, um dos diferenciais do CTE. “Não desenvolvemos apenas um cronograma. Nós elaboramos um planejamento. Para tanto, é fundamental o envolvimento do construtor, especialmente nas etapas de elaboração de premissas”, explica Breno Oliveira, coordenador de projetos no CTE.
Com base nessas diretrizes previamente acordadas, foi elaborado o planejamento do residencial, começando pela definição da estrutura analítica de projeto (EAP) que detalha os serviços preliminares, as etapas executivas e os vínculos entre as tarefas. Na sequência, foi definida a duração de cada etapa.
Também foram geradas curvas de progresso físico (para definição de uma linha-base de controle) e cronogramas de suprimentos/contratações e de legalizações.
Para garantir o alinhamento das atividades nos canteiros com os prazos definidos, houve um rigoroso monitoramento com aferições quinzenais dos serviços.
A comparação entre a evolução física e o previsto no planejamento inicial subsidiou a produção de relatórios gerenciais para a construtora, bem como os trabalhos de reprogramação. “Sempre que identificamos desvios nas programações, discutimos com a equipe da obra para verificar o que deu errado e as ações que podem ser tomadas para minimizar os impactos no prazo da obra”, revela Breno Oliveira.
Antecipação de problemas
Alexandre Silva, gerente geral na Lindenberg, cita exemplos de como o planejamento contribuiu para a construtora superar questões que foram surgindo no decorrer da obra. Uma delas se deu antes mesmo das atividades no canteiro começarem e envolveu o time de personalização.
Normalmente, os clientes da construtora podem tomar decisões relacionadas à personalização de suas unidades até a concretagem da laje do térreo. “Mas quando analisamos o cronograma, percebemos a necessidade de alterar isso, porque não haveria tempo hábil para realizar os serviços uma vez que as torres são baixas”, conta Alexandre, explicando que essa incompatibilidade foi resolvida antecipadamente graças ao planejamento.
O estudo detalhado sobre o plano de ataque também foi importante na definição da estratégia de execução da fachada, que empregou três soluções técnicas: emboço, aplicação de fulget e instalação de laminado de resinado de alta pressão.
Da mesma forma, o planejamento foi decisivo para identificar a melhor solução para diminuir atrasos na etapa de fundação, diante da dificuldade de executar estacas hélice contínua, com equipamento de grande porte, em um terreno com limitações geradas pela existência de paredes diafragma do imóvel vizinho.
“Um aspecto muito interessante é que o planejamento do CTE nos oferece um horizonte claro dos três meses seguintes. Isso nos dá tempo para eliminar restrições, diminuindo a ocorrência de atrasos e garantindo maior fluidez aos trabalhos”, conta Alexandre.
Com mais de vinte anos de atuação direta em planejamento de obras, o CTE realiza este trabalho para diversas construtoras. Além de elaborar planejamentos de obras, o CTE também oferece consultoria em planejamento, auxiliando as construtoras na melhoria (ou na implantação) de processos e ferramentas de controle, buscando a melhoria contínua e maior aderência pelas equipes de obra. Para mais informações, entre em contato pelo e-mail comercialger@homolog.cte.com.br.